Com crise na Europa, dólar terá alguma volatilidade no Brasil, diz BC

Com crise na Europa, dólar terá alguma volatilidade no Brasil, diz BC

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:25

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini , afirmou nesta terça-feira (27) que o dólar tende a apresentar volatilidade (registrando movimentos de altas e de baixas) enquanto a crise na Europa não se resolver.

"O câmbio flutuante é a primeira linha de defesa da economia brasileira. O câmbio [dólar] sempre flutua para os dois lados [sobe e desce]. Precisamos ver quando o movimento internacional de valorização do dólar se estabiliza. Também há questões não resolvidas para a crise das dívidas soberanas [Grécia, Irlanda e Portugal, por exemplo]. Enquanto isso não se normalizar, o câmbio vai sofrer alguma volatilidade", declarou Tombini durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

Ele reiterou, porém, que o Banco Central está atento a este cenário e que voltará a tomar medidas caso algum problema aconteça. "Se houver algum problema em algum segmento do mercado de câmbio, tomaremos medidas para fazer que o mercado funcione", disse ele.

No final da semana passada, o Banco Central ofertou contratos de "swap cambial" no mercado futuro, o que equivale a uma venda de moeda norte-americana no mercado futuro , em um momento de forte subida do dólar, que chegou ao patamar de R$ 1,95. Isso impediu a escalada das cotações naquele momento. Foi a primeira operação deste tipo desde junho de 2009 - quando o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira internacional.

De acordo com a avaliação do presidente do Banco Central, a elevada relação dívida/PIB das economias maduras afetou a percepção de risco dos títulos destas economias. Segundo ele, as economias mais endividadas da periferia da Zona do Euro foram as primeiras a serem afetadas (Grécia, Irlanda e Portugal), mas, segundo sua avaliação, a "falta de uma solução para essas economias" acaba contaminando outras de maior na região, como a Espanha e a Itália, bem como a França e a própria Alemanha.        

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