Confiança do consumidor cai pela primeira vez no ano

A confiança do consumidor paulistano teve a primeira queda do ano em março, segundo o indicador da Fecomercio (Federação do Comércio) do Estado divulgado nesta terça-feira. Apesar da retração, O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) continua em um patamar elevado.

O indicador ficou em 156,7 pontos, redução de 1,5% na comparação com fevereiro - mês em que atingiu o recorde da série histórica. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve alta de 22,2%.

Segundo a metodologia do índice, uma pontuação acima dos 100 pontos indica otimismo, e abaixo disso pessimismo.

"A população paulistana mantém uma percepção bastante positiva, que é sustentada em grande parte pelos elevados níveis da massa salarial e, mais especificamente, pela segurança que o consumidor tem nos níveis de emprego e renda", avalia Thiago Freitas, economista da Fecomercio.

O índice é composto pelo ICEA (Índice de Condições Econômicas Atuais), que mede a perspectiva do consumidor em relação ao presente, e o IEC (Índice de Expectativa ao Consumidor), que avalia a sua perspectiva quanto ao futuro.

O ICEA teve perda de 1%, chegando a 157 pontos. Os paulistanos de 35 anos ou mais foram os que mais influenciaram na queda do índice, com variação negativa de 1,9% e registrando 155,3 pontos. Somente os consumidores com renda superior a dez salários mínimos demonstraram percepções positivas nas avaliações, com alta de 0,7% e atingindo o patamar de 170,5 pontos.

Já o IEC caiu 1,8% e ficou em 156,4 pontos. De acordo com a Fecomercio, "todos os segmentos que compõem este indicador apontaram variações negativas" neste mês.

Para o economista da Fecomercio, "é incontestável a evolução da confiança do consumidor nesses últimos meses". No entanto, ele destaca que "como os ajustes de preço mais fortes se deram no passado recente, é razoável imaginar que não há espaço para grandes altas do ICC no curto prazo."