Cresce peso da China na balança comercial brasileira

Cresce peso da China na balança comercial brasileira

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:01

As importações e exportações de produtos feitas pelo Brasil ao longo 2010 apontam para um peso cada vez maior da China na economia nacional e para uma redução da importância dos Estados Unidos.

Ao longo do ano passado, a China foi o país que mais trocou produtos com o Brasil. No total, foram exportados US$ 30,8 bilhões para o gigante asiático. O valor representa um aumento de 46% em relação a 2009 (na comparação entre as médias diárias).

Em 2009, as exportações brasileiras para a China representavam 13,7% do total. No ano passado, essa relação saltou para 15,2%.

Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no início desta semana.

As importações de produtos chineses também cresceram e alcançaram US$ 25,6 bilhões em 2010 (alta de 60% na comparação com 2009).

O peso da China no total de produtos importados pelo Brasil também cresceu, pasando de 12,5% (2009) para 14,1% (2010).

Por outro lado, a importância do comércio com os Estados Unidos caiu no ano passado, embora o valor bruto tenha subido.

Em 2009, as exportações brasileiras para os norte-americanos representavam 10,3% do total (US$ 15,7 bilhões). Em 2010, corresponderam a 9,6% (US$ 19,4 bilhões).

As importações passaram de 15,8% (US$ 20,2 bilhões) do total em 2009 para 15% (US$ 27,2 bilhões) no ano passado.

Exportações

O peso dos produtos básicos cresceu na pauta de exportação brasileira no ano passado. Em 2009, eles representavam 40,5% (US$ 61,9 bilhões). Um ano depois, passaram para 44,6% (US$ 90 bilhões).

Já os produtos industrializados (semimanufaturados e manufaturados) passaram de 57,4% em 2009 (US$ 87,8 bilhões) para 53,4% em 2010 (US$ 107,8 bilhões).

Na comparação entre 2009 e 2010, as três categorias de produtos registraram crescimento: básicos (44,7%), semimanufaturados (37,1%) e manufaturados (17,7%).

Com relação à exportação de produtos básicos, houve crescimento de minério de ferro (117,4%), petróleo em bruto (75,8%), milho em grãos (69,2%), minério de cobre (53,4%), café em grão (37,2%), carne bovina (27,2%), carne de frango (19,7%) e carne suína (9,7%).

Entre os semimanufaturados, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de couros e peles (49,5%), semimanufaturados de ferro/aço (48,8%), açúcar em bruto (43,4%), celulose (43,0%), ferro-ligas (42,2%), ouro em forma semimanufaturada (27,0%) e óleo de soja em bruto (13,8%).

No grupo dos manufaturados, dentre os principais produtos exportados, destacam-se, pela expansão relativa: veículos de carga (74,5%), motores de veículos e partes (69,0%), açúcar refinado (43,3%), autopeças (41,0%), automóveis de passageiros (35,6%), óxidos e hidróxidos de alumínio (33,0%), bombas e compressores (31,2%), óleos combustíveis (28,0%), pneumáticos (20,5%), polímeros plásticos (15,7%), laminados planos (10,8%) e calçados e partes (8,8%).

Importação

Entre os bens importados pelo Brasil em 2010, houve crescimento de todas as categorias na comparação com 2009. Combustíveis e lubrificantes subiram 50,7%, bens de consumo, 45,4%, matérias-primas e intermediários, 39,8%, e bens de capital, 37,5%.

Analisando por mercados, cresceram as compras originárias de todos os principais blocos econômicos.

As importações provenientes da Ásia subiram 54,7%, sendo que da China cresceu 60,2%, por conta de aparelhos eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos, químicos orgânicos, siderúrgicos e instrumentos de ótica e precisão.

O crescimento nas demais regiões foi:

* Oriente Médio: 48,4%, com destaque para petróleo, adubos e fertilizantes e plásticos e obras.

* América Latina e Caribe (exceto Mercosul): 48%, por conta de veículos automóveis e partes, gás natural, nafta para petroquímica, carvão, catodos de cobre, plásticos e obras e sulfeto de cobre e de zinco

* Europa Oriental: 43,1%, por conta, principalmente, de adubos e fertilizantes, siderúrgicos, petróleo, óleo diesel, nafta para petroquímica e borracha

* Estados Unidos: 34,4%, pelo aumento de máquinas e equipamentos, óleo diesel, carvão, químicos orgânicos, aparelhos eletroeletrônicos, plásticos e obras, instrumentos de ótica e precisão e farmacêuticos

* União Européia: 33,3%, principalmente, máquinas e equipamentos, veículos automóveis e partes, aparelhos eletroeletrônicos, farmacêuticos e químicos orgânicos

* África: 33%, devido ao petróleo, adubos e fertilizantes, siderúrgicos, químicos inorgânicos e fosfato de cálcio

* Mercosul: 26,2%, sendo 27,4% da Argentina, por conta de automóveis e partes, trigo, plásticos e obras e máquinas e equipamentos

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