A agência de classificação financeira americana Moody's advertiu que todas as notas que medem o risco de crédito da União Europeia (UE) estão ameaçadas pela atual crise financeira.
Nas últimas semanas, a possibilidade de mais cenários negativos aumentou, segundo a Moody's, devido às incertezas políticas na Grécia e Itália e de perspectivas econômicas piores que as estimadas pelos analistas.
De acordo com a agência, o risco de crédito continuará a crescer sem medidas de curto prazo para estabilizar os mercados.
"O agravamento ininterrupto da crise da dívida pública e dos bancos da Eurozona ameaça a qualidade do crédito de todos os países europeus", afirma a agência em um comunicado especial.
Na semana passada, Bélgica , Portugal e Hungria tiveram suas notas de risco rebaixadas por agências diferentes.
"Ante a ausência de medidas que estabilizem as condições de mercado a curto prazo, ou de que estas condições se estabilizem por qualquer outra razão, o risco de crédito continuará aumentando".
A crise europeia até agora já custou o emprego de vários líderes europeus, entre eles o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.
Ministros das finanças dos países da zona do euro se reunirão amanhã em Bruxelas na tentativa de reconquistar a confiança dos mercados financeiros.
Os investidores fugindo de títulos de países considerados mais arriscados, como a Itália, que tem dívida maior do que a soma dos débitos da Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal.
Segundo a agência, as autoridades do euro enfrentam cada vez mais limitações ante a crescente pressão para agir rapidamente com o objetivo de restabelecer a confiança creditícia.
Solução política
Quanto ao âmbito político, a Moody's percebe que a zona do euro se aproxima de uma encruzilhada, que pode levar tanto a uma maior integração do bloco quanto a sua fragmentação.
A agência alerta que um ímpeto político a um plano que resolva o problema só pode surgir após uma série de choques, que podem fazer com que mais países percam acesso a financiamento por um período sustentado de tempo.
Isso pode levar as avaliações desses países a entrarem numa área especulativa à luz dos testes de solvência que devem ser requeridos, indica a nota.
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