Crise aumenta procura por franquias, mas consultora alerta para cuidado com novos negócios

Crise aumenta procura por franquias, mas consultora alerta para cuidado com novos negócios

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:30

Em tempos de ''crise'', muito se tem falado das franquias como opção mais segura de investimento. Na visão de Melitha Novoa Prado, advogada especializada em relacionamento de redes varejistas e franqueadoras, isso realmente vem acontecendo. "Aumentou o número de demissões e ainda há um clima de insegurança. A franquia acaba, sim, sendo uma ótima opção para inicio de um negócio próprio".

A consultora explica que a pré-existência de uma marca notória com visibilidade para o mercado, aliada a uma experiência testada e aprovada pelo público, são fatores que fazem toda a diferença para um investidor decidir-se por franquia. No entanto, reforça que os franqueadores devem conter qualquer tipo de empolgação."Relaxar no processo de seleção de novos franqueados é uma atitude mais do que leviana. Reforço que, nesta fase, é preciso selecionar com mais critério, afinal, uma escolha mal feita traz sérios prejuízos para a rede".

O que o franqueador deve avaliar no processo de seleção?

Com base em sua experiência, a consultora diz que o franqueador deve avaliar, não só o potencial financeiro do candidato, mas sim, certificar-se se ele tem condições de operar a unidade em seu dia-a-dia. "Lance mão de todos os recursos possíveis: ferramentas de recursos humanos, entrevistas, avaliações, análise de perfil psicológico, test-drive, enfim, tudo o que lhe permita conhecer mais detalhadamente o seu futuro franqueado", ilustra.

É preciso, ainda, criar etapas e mecanismos para eliminar todos os riscos. "Uma das melhores formas é forçar uma auto-análise no candidato, ou o chamado ''processo da não-venda''. Pergunte a ele: "Você tem consciência de que terá de trabalhar nos finais de semana?, "Você sabe que se o seu gerente faltar você terá de abrir a loja às cinco da manhã?". Essas são as questões que devem ser colocadas para os futuros franqueados.

O franqueador também precisa ficar atento às expectativas do candidato. Para Melitha, prometer o que não é possível cumprir, omitir detalhes e dificuldades do negócio é garantia de fracasso, afinal, uma unidade franqueada fechada é uma marca negra para a rede.

A consultora vai além: "Assim como o franqueador é apaixonado por sua marca, o operador também o deverá ser. Para ter essa certeza, é importante que o dono da marca participe pessoalmente do processo de seleção. Nada como o ''feeling'' do dono".

Novo ''boom'' do franchising?

Melitha vê neste momento uma oportunidade para o sistema de franchising firmar-se como um setor de investimentos consolidado e realmente atrativo - opção mais segura em comparação com iniciativas individuais. "Está nas mãos das empresas franqueadoras mostrar em que grau de profissionalismo se encontram. E a principal medida é compartilhar com os candidatos todas as informações relativas ao negócio. Não dá para brincar com o sonho e o dinheiro do outro".

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