O setor empresarial descobre a importância da formação acadêmica para faturar mais. Em São Paulo, cursos e especializações oferecem o diferencial para empreendedores na gestão dos negócios.
Cada vez mais a solução para um negócio dar certo está numa sala de aula. Um curso para empreendedores, do Instituto de Ensino e Pesquisa, em São Paulo, tem duração de dois anos e meio e custa R$ 56 mil.
Ele sai de um curso desse já com o plano de negócio estruturado, desenvolvido, escrito, já pra saber se sua idéia é viável ou não e, quando ele for implementar, que riscos que ele tem que tomar cuidado, que coisas que ele tem que atentar mais para implementar a idéia, afirma o professor Marcos Hashimoto.
Aprendendo a ser empresário
Os empresários Pedro e Paulo da Mota fizeram o curso e descobriram onde estavam errados. Eles fabricam camisas personalizadas e na medida certa. Há um ano, a empresa deles patinava. Faltavam clientes e sobravam contas para pagar. Eles então decidiram aprender a ser empresários.
O curso traz para nós como estruturar uma operação, uma empresa como o todo. Mostra para nós um plano de negócios, apresentado de forma muito clara, desde o planejamento financeiro até o planejamento de vendas, de atendimento ao cliente, afirma Pedro Henrique da Mota.
A empresa mudou da água para o vinho. A começar pelo espaço físico. Os empresários reformaram o local, trocaram o piso, decoraram paredes, fizeram até um jardim de inverno. O ambiente ganhou outra cara e os clientes ficam mais tempo na loja e gastam mais.
Hoje ele entra na loja passa mais de 40, 50 minutos aqui com a gente. A gente explica a propriedade do tecido, a gente mostra para ele as condições, serve café, traz o cliente para próximo da gente, diz o empresário João Paulo da Mota.
Outra descoberta na pesquisa com os clientes foi a gravata. Quem compra camisa, costuma levar também o acessório.
Resultado: hoje, as gravatas representam 20% do faturamento. Os empresários já têm 7 mil clientes cadastrados e satisfeitos.
Sem duvida, já falei isso para eles, que eles estão melhorando dia a dia e eu estou contente com isso, diz Hércules Mônaco, cliente.
Para o curso que trouxe bons resultados, sobra elogios. Trouxe profissionalismo para o nosso negócio (...). Nós aumentamos 40% nosso faturamento depois desse curso, afirma Pedro.
Há dois anos, a empresa de Marcio Barros ia mal. O transporte de pacientes entre hospitais especializados surgiu em 2006, mas operava no vermelho. No ano passado, o empresário buscou conhecimento para enfrentar a situação. Ele fez o curso de empreendedorismo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). São 18 meses de aulas. O preço é de R$ 30 mil.
Esse curso ensina as pessoas a ganharem dinheiro seja como empresários, donos do seu próprio negócios, seja como profissionais que trabalham para corporações, diz Antonio André, coordenador do curso.
Para a empresa de Marcio, o curso transformou prejuízo em lucro. A primeira mudança foi na localização do negócio.
A empresa mudou de sede, para uma região em são Paulo perto de pelo menos 20 hospitais. Além disso, trocou as ambulâncias, que eram alugadas e hoje são próprias.
Com o atendimento mais rápido, as vendas deram um salto. De 28 clientes fixos, a empresa passou para 38 entre eles, grandes hospitais e convênios médicos. Além disso, o empresário criou novos serviços, como exames médicos e montagem de equipes para empresas e hospitais. A diversificação reduziu riscos. Porém, os maiores ganhos foram na gestão financeira do negócio.
O maior problema que leva as empresas à falência é a falta de capital de giro, porque os empreendedores gastam mais dinheiro do que eles têm e acham que os clientes vão chover na porta do negócio dele e nem sempre é isso que acontece, diz Antonio André.
Em um ano, o negócio saiu do vermelho. A antiga empresa deficitária aumentou 30 vezes de valor. Hoje está avaliada em R$ 30 milhões. O curso ele foi excepcional na minha vida pessoal e empresarial porque me fez organizar uma empresa que estava à beira de uma falência, diz Marcio.
A maioria dos alunos que fazem os nossos cursos acaba tendo sucesso, aumentando a lucratividade e com isso tornando a sociedade melhor, diz Antonio André.
fonte: G1
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