Depois da crise financeira, expansão do crédito bancário acelera em 2010

Depois da crise financeira, expansão do crédito bancário acelera em 2010

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:59

O volume de crédito oferecido pelos bancos subiu 20,5% em 2010, para R$ 1,7 trilhão, o equivalente a 46,6% do Produto Interno Bruto (PIB), novo recorde histórico, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (26) pelo Banco Central.

Isso representa aceleração em relação ao ano de 2009, quando o crédito bancário cresceu 14,9%. Naquele ano, a economia brasileira se ressentia dos efeitos da crise financeira internacional. "É impacto da crise do ano anterior [2008]", confirmou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Segundo ele, o crédito cresceu com "predominância" para as linhas destinadas às famílias. "Isso se deu com uma demanda forte por parte das familias, principalmente para aquisição de veículo, crédito imobiliário e crédito pessoal. Isso com inadimplência em queda, prazos em elevação, e juros em queda", disse Lopes.     Pessoas físicas e empresas

No ano passado, o crédito bancário para as pessoas físicas cresceu 21,9%, para R$ 775 bilhões, enquanto que as operações de empréstimo para as empresas avançaram 19,3% em 2010, para R$ 928 bilhões.

O crédito com recursos livres (livre destinação), por sua vez, cresceu 17,1% em 2010, para R$ 1,17 trilhão, enquanto que os empréstimos com recursos direcionados (BNDES, cooperativas e habitação) avançaram 27,.5% no ano passado, para R$ 586 bilhões.

"Foi determinante o impulso resultante das operações com recursos direcionados, com ênfase para as contratações do BNDES e para os financiamentos habitacionais", informou o Banco Central.

Previsão para 2011

Para 2011, porém, a previsão do Banco Central é de desaceleração no ritmo de crescimento do crédito bancário. De acordo com a autoridade monetária, o crédito ofertado pelos bancos deverá crescer 15% neste ano, atingindo 50% do PIB no fim de 2011.

Para este ano, a estimativa da instituição é de que o crédito para pessoas físicas cresça 10%. Já a previsão de expansão dos empréstimos para as empresas é de 14% em 2011.    

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