O desemprego no Japão atingiu em julho a taxa de 5,7%, a maior desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), informou o governo nesta sexta-feira. O recorde anterior havia sido a taxa de 5,5%, referente a abril de 2003.
O índice divulgado hoje também representa um aumento em relação aos 5,4% vistos em junho e chega em meio à campanha eleitoral no Japão, que no domingo elege primeiro-ministro.
A crise econômica mundial afetou especialmente o Japão, que se recupera da recessão lentamente, mas cujas grandes multinacionais do país continuam com seus planos de cortes de emprego, o que agrava a situação econômica dos japoneses, acostumados a ficar nas companhias a vida inteira.
A deterioração no mercado de trabalho, uma das principais preocupações das famílias japonesas, contrasta, porém, com uma lenta melhora da produção das fábricas japonesas e do consumo das famílias e da saída da recessão do Japão no segundo trimestre do ano.
O desemprego mostrou crescimento mensal constante desde janeiro e, segundo os economistas, aumentará até alcançar uma taxa sem precedentes de 6%.
No último dia 17, o governo japonês informou que o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu 3,7% no segundo trimestre do ano (dado anualizado), o que põe fim a cinco trimestres de quedas. Em relação aos três meses precedentes, o PIB cresceu 0,9% entre abril e junho (primeiro trimestre do ano fiscal japonês, que termina em março de 2010).
Segundo os dados revisados do PIB, a economia japonesa retrocedeu 3,1% entre janeiro e março em relação ao trimestre anterior e 11,7% em base anual e termos reais.
Quem mais ajudou na recuperação do Japão foi a China, cujas importações contribuíram para manter o ritmo de produção japonês, também devido às medidas de estímulo do governo de Pequim e ao sopro de recuperação que percorre a Ásia.
Postado por: Felipe Pinheiro
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