O poupador que conseguiu juntar quase todo o dinheiro que precisa para comprar um carro novo - e planeja fazer a aquisição em breve - deve deixar seus recursos em renda-fixa. A sugestão é de consultores financeiros consultados pelo iG, que sugerem a aplicação em Certificados de Depósito Bancário (CDB), títulos do Tesouro Direto ou poupança.
É uma forma de ver seu capital render, sem grandes riscos, até o dia da compra, enquanto o consumidor visita concessionárias e pesquisa preços. "No caso da poupança, o resgate é fácil e permite que o ele possa aproveitar uma promoção relâmpago", diz o consultor Mauro Calil, autor do livro "A Receita do Bolo".
CDB DI
(Certificado de Depósito Bancário indexado ao Depósito Interbancário)
Como a inflação está alta, a aposta dos especialistas é de aumento dos juros, o que eleva o ganho com o CDB DI, que são títulos atrelados à taxa básica de juros brasileira, a Selic. Os certificados são comprados em bancos ou outras instituições financeiras e, na hora da aquisição, os clientes devem tentar negociar uma boa taxa de retorno (um percentual do ganho fica com o banco).
Neste caso, em que o capital é de R$ 40 mil, o investidor deve negociar no banco uma taxa de pelo menos 90% do retorno. Apesar do Imposto de Renda (IR) de curtíssimo prazo ser de 22,5%, a rentabilidade pode ser superior à da poupança.
Poupança
Uma opção é a aplicação de todo o dinheiro na caderneta de poupança. Neste caso, o investidor pode sacar o valor a qualquer momento, com facilidade, e aproveitar uma queima de estoques ou outras oportunidades que aparecerem no caminho.
Tesouro Direto: LFT e NTN-B
Enquanto as Letras Financeiras do Tesouro (LFT) variam de acordo com a Selic, as Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B) acompanham a inflação. O cálculo do retorno das LFT é feito diariamente, corrigido pela taxa básica de juros correspondente a um dia. Se a taxa básica de juros sobe, o rendimento diário aumenta, se as taxa básica de juros cai, ele também cai. Já o retorno das NTN-B é resultado da inflação mais uma taxa previamente estipulada.
Os investidores podem comprar os títulos diretamente do governo, por meio de instituições autorizadas. Uma vantagem em relação ao CDB é que os custos envolvidos são mais baixos do que os que os bancos cobram. Uma desvantagem é que o resgate antes do vencimento pode não pagar o montante esperado pelo investidor. No caso das LFT, esse problema é menor, pois o valor do título sofre poucos efeitos das variações das taxas de juros, que são sempre positivas.
Por: Oívia Alonso
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