Em três dias a taxa de câmbio doméstica derreteu mais de 1%, em cima da expectativa dos mercados de que o drama grego tenha um desfecho positivo.
O parlamento grego deve votar nas próximas horas uma moção de apoio ao novo gabinete do primeiro-ministro George Papandreou.
Esse voto de confiança é visto como "o primeiro passo" para que o país mediterrâneo aprove as severas medidas fiscais exigidas pela União Europeia e os organismos internacionais para liberar as novas parcelas do pacote de socorro financeiro de 110 bilhões de euros acertado no ano passado.
"Se a Grécia conseguir completar essas reformas econômicas, a aversão a risco tende a diminuir bastante", avalia Mário Paiva, analista da corretora BGC Liquidez. "Não vai ser bom para ninguém que a Grécia entre em 'default' [suspensão dos pagamentos]", acrescenta.
Os mercados, por enquanto, concentram suas fichas de que o parlamento grego deve aprovar as duras medidas para cortar gastos públicos, vender divisas do Estado, de modo a melhorar o estado das contas nacionais. "Eles somente têm duas opções: ou aprova, ou aprova", ironiza Paiva.
Refletindo essa confiança das praças financeiras, o euro teve mais uma jornada de recuperação: o preço subiu de US$ 1,4305 ontem para US$ 1,4416 neste expediente.
No front doméstico, o dólar comercial oscilou entre R$ 1,597 e R$ 1,587, para encerrar a sessão sendo negociado por R$ 1,590, em um decréscimo de 0,31% sobre o fechamento de ontem. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,700 e comprado por R$ 1,530 nas casas de câmbio paulistas.
O Banco Central fez mais um de seus leilões de câmbio "tardios", após as 16h (hora de Brasília), e aceitou ofertas por R$ 1,5882 (taxa de corte).
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) ganha 0,40%, aos 61.412 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,5 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York valoriza 1%.
JUROS FUTUROS
As taxas projetadas mercado futuro da BM&F subiram no pregão desta terça-feira.
Entre as notícias mais importantes do dia, a inflação medida pelo IPCA-15 teve variação de 0,23% em junho, ante 0,70% em maio. Nos 12 meses, a inflação acumulada é de 6,55%. Economistas do setor financeiro projetavam uma taxa de 0,17% para o período.
O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) teve deflação de 0,21% na segunda estimativa prévia deste mês. Em maio, a inflação para o mesmo período foi de 0,66%. Analistas previam uma deflação de 0,15%.
No contrato de julho (a exceção do dia), a taxa prevista recuou de 12,13% ao ano para 12,12%; para janeiro de 2012, a taxa projetada avançou de 12,42% para 12,45%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista ascendeu de 12,49% para 12,56%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições