Dólar fecha a R$ 1,66; juros futuros caem com ata do Copom

Dólar fecha a R$ 1,66; juros futuros caem com ata do Copom

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:52

A piora do humor global derruba as Bolsas de Valores e anima a procura por dólar nos mercados externos e também na praça doméstica, onde a moeda americana oscilou novamente na casa de R$ 1,66.

O euro, que quase voltou à marca de US$ 1,40 na semana passada, caiu para US$ 1,3817 nas operações de hoje. Já a taxa de câmbio brasileira subiu com firmeza desde os primeiros negócios, encerrando o dia próximo ao valor máximo do dia, em R$ 1,661 -- um avanço de 0,24% sobre o fechamento de ontem.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi trocado por R$ 1,760 para venda e por R$ 1,620 para compra.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) perde 1,42%, aos 66.310 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,85 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York recua 1,59%.

Os agentes financeiros reagem à concentração de notícias negativas do front externo: a demanda maior pelo auxílio-desemprego nos EUA, um sinal desfavorável do mercado de trabalho local; o rebaixamento do "rating" (nota de risco) espanhol, pela agência Moody's, e o cenário ainda conturbado no Oriente Médio.

Em relação ao noticiário doméstico, o Banco Central apontou hoje que considera "a eventual introdução de ações macroprudenciais" para debelar as pressões inflacionárias.

A avaliação faz parte da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), relativa à reunião da semana passada, quando a autoridade monetária ajustou a taxa básica de juros de 11,25% ao ano para 11,75%.

O mercado interpretou o documento como uma sinalização de que o BC não deve subir os juros tão fortemente como o esperado por muitos no mercado.

Na interpretação do economista Flávio Combat, da corretora Concórdia, o Copom reafirmou "a confiança na convergência da inflação para a meta, sem a necessidade de intensificar o ritmo do aperto monetário".

Para o analista, caso a inflação não comece a caminhar para o centro da meta (4,5%), a autoridade monetária já indicou que pode "lançar mão de um novo conjunto de medidas macroprudenciais para enxugar ainda mais a liquidez do mercado de crédito".

O mercado futuro de juros (BM&F) reagiu prontamente à ata do Copom, com fortes quedas nas taxas projetadas.

A taxa projetada no contrato para julho passou de 12,07% ao ano para 11,98%; para janeiro de 2012, a taxa prevista cedeu de 12,54% para 12,35%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada caiu de 12,81% para 12,70%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

FLUXO CAMBIAL

A entrada de dólares no país no início de 2011 já supera a saída de moeda estrangeira em US$ 24,36 bilhões, segundo dados do Banco Central até o último dia 4. O valor também é superior a todo o montante que entrou Brasil no ano passado, US$ 24,35 bilhões.

Depois do recorde registrado em janeiro (US$ 15,5 bilhões), entraram mais US$ 7,4 bilhões em fevereiro. Nos primeiros dias de março, o fluxo já está positivo em US$ 1,4 bilhão.

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