Dólar fecha praticamente estável nesta quinta-feira

O dólar comercial fechou praticamente estável nesta quinta-feira (20), com o mercado atento à possibilidade de que a China tenha que adotar novas medidas de aperto monetário para combater a inflação, após os fortes indicadores sobre o país.

A moeda americana fechou o dia valendo R$ 1,670 na compra e R$ 1,672 na venda, leve retração de 0,05% em relação à cotação da véspera. Na semana, o dólar acumula desvalorização de 0,77%, mas, no ano, registra alta de 0,36%.

Um dia após o já esperado aumento da Selic, o mercado se manteve dividido entre a expectativa de entrada de capitais no país e a possibilidade de novas intervenções do Banco Central no câmbio.

No exterior, moedas de perfil semelhante ao real --como o dólar australiano perderam terreno após a divulgação dos dados na China. A leitura é que os preços de matérias-primas têm um potencial de alta mais reduzido do que estimado inicialmente.

O dólar não seguiu o mesmo comportamento no Brasil, porém, diante da previsão de entrada expressiva de capital no país. Segundo João Medeiros, diretor de câmbio da corretora Pioneer, ofertas de ações na BM&FBovespa podem movimentar mais de R$ 6 bilhões nas próximas semanas --com participação relevante de investidores estrangeiros.

Nas duas primeiras semanas do mês, o fluxo positivo ao país superou US4 5 bilhões.

"Os investidores parecem dispostos a vender dólares toda vez que ele se move em direção a R$ 1,70 real", escreveu Win Thin, chefe global de estratégia para mercados emergentes do banco Brown Brothers Harriman, em Nova York.

Mas "qualquer queda para abaixo de R$ 1,65 certamente será respondida com mais controles de capital e medidas".

Há uma semana, o Banco Central anunciou no fim do dia uma pesquisa de demanda por swap cambial reverso. A operação foi concluída no dia seguinte com a venda de quase US$ 1 bilhão em contratos, e desde então, o mercado tem aguardado a realização de novos leilões. O contrato de swap reverso vale como uma compra de dólares no mercado futuro pelo BC.