O mercado de câmbio doméstico negocia o dólar comercial por R$ 1,665, em alta de 0,06%, nas primeiras operações desta segunda-feira.
O feriado nos EUA (Dia do Presidente) pode esvaziar os negócios no mercado brasileiro. Hoje, boletim Focus (projeções do mercado) e a balança comercial são os poucos destaques previstos. Nos próximos dias, a divulgação do PIB dos EUA (sexta) e vários indicadores de preços domésticos devem chamar a atenção dos investidores, bem como a publicação do Caged (cadastro de empregos formais).
E na sexta-feira à noite, o ministro Guido Mantega (Fazenda) advertiu, em Paris, que o governo pode adotar novas medidas de controle de capital "se houver um fluxo grande [de dólares]".
EXPECTATIVAS
A Bolsa brasileira concluiu a semana num importante patamar de preços. Segundo vários analistas, o nível dos 68 mil pontos (pela referência do índice Ibovespa), se mantido e superado nos próximos dias, pode dar um novo gás para o mercado brasileiro de ações.
Investidores que desanimaram quando a Bolsa "derreteu" entre o final de janeiro e o início de fevereiro podem recobrar o ânimo e retomar as apostas num novo período de ganhos, ainda que de curto prazo.
Os próximos dias serão fundamentais, portanto, para confirmar o sentimento positivo de investidores e analistas. Há vários obstáculos pelo caminho, no entanto.
O mercado vai ficar muito atento aos vários índices de preços previstos para esta semana, e desejoso de ver maiores detalhes sobre o plano do governo para cortar R$ 50 bilhões em gastos públicos, ainda uma incógnita na visão de vários economistas.
O cenário externo também tempera esse "otimismo" dos agentes financeiros: as turbulências políticas no Oriente Médio ainda continuam no radar e podem servir de "pretexto" para dias de baixa.
E há o problema da Petrobras. Junto com as ações da Vale, são os papéis de maior peso da Bolsa brasileira, e continuam sendo muito "malvistos" por muitos investidores. A ação preferencial, que arrasta mais de 10% dos negócios da Bovespa diariamente, encontra dificuldades em superar o preço dos R$ 27, não por acaso, semelhante ao valor praticado na capitalização do ano passado.
José Goés, analista da corretora WinTrade, nota que esse comportamento é provado pelos investidores "antigos", que se frustraram com o papel e aproveitam esse preço para sair. "Até entrar novos investidores, dispostos a se arriscar nesse papel, pode levar algum tempo, o que é muito difícil precisar", comenta. "Para mim, é uma empresa com grande potencial, e nesse preço, a ação está barata, mas é realmente um ativo de longo prazo, para uns quatro anos", acrescenta.
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