Em Minas Gerais, mineradora de Eike Batista paralisa atividades e da férias aos funcionários

Fonte: Globo.comAtualizado: quarta-feira, 20 de agosto de 2014 às 17:33

A mineradora MMX, controlada pelo empresário Eike Batista, disse nesta quarta-feira (20) que vai revisar seu atual plano de negócios para "priorizar as iniciativas geradoras de caixa, no melhor interesse da companhia e de seus acionistas".

O novo plano deverá ser apresentado durante a divulgação dos resultados da empresa no segundo trimestre deste ano - a data ainda não foi informada.
Em comunicado ao mercado, a MMX disse que irá paralisar temporariamente a produção da unidade de Serra Azul, com férias coletivas de 30 dias para os funcionários envolvidos diretamente na operação, em decorrência dos baixos preços do minério de ferro no mercado internacional. "Permanecerão em atividade regular os setores responsáveis pela manutenção e conservação da Unidade Serra Azul, além do quadro administrativo."

Segundo o comunicado, a MMX informa que "está engajada em discussões com as autoridades competentes para encontrar uma solução para as mencionadas restrições operacionais e que permita o retorno de suas atividades operacionais no curto prazo".

Queda na Bovespa
A ação da mineradora MMX voltou a aparecer entre as maiores quedas do Ibovespa nesta quarta-feira, após despencar 10% na véspera em meio a uma notícia de que estaria avaliando ingressar com pedido de recuperação judicial, apesar da negativa da empresa.

Perto das 12h, a ação da mineradora caía quase 3%, enquanto o Ibovespa perto de 1%. O papel chegou a cair à mínima de R$ 1,01 mais cedo na sessão, menor patamar de sua história, com uma desvalorização de 99% ante o preço mais alto, registrado em 2008.

No dia 4 de agosto, a mineradora informou que o controlador Eike Batista iria transferir 10,52% do capital total da companhia para o fundo Mubadala, de Abu Dahbi. A transferência fazia parte da reestruturação do investimento do fundo árabe no grupo EBX.

Com a transferência, Eike deve perder controle absoluto da companhia, com redução de sua participação dos quais 59,3% para pouco menos de 49%.
O Mubadala já é sócio da MMX no projeto do Porto do Sudeste. O controle do projeto, o mais promissor da companhia, foi vendido para um consórcio formado pelo fundo árabe e a operadora de portos holandesa Trafigura, por US$ 400 milhões, em meados do ano passado. A MMX ficou com 35% do empreendimento.

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