Desde o ano passado, está em vigência o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa que alterou não só a grafia, mas também o acento e a estrutura de algumas palavras. Saiu o trema, o hífen permanece em alguns casos e tudo se ajeita pouco a pouco, como era de esperar.
Em algumas empresas, a opção foi dar aos funcionários cursos rápidos com as novas regras. Mas é muito difícil as pessoas assimilarem que ideia, por exemplo, não tem mais acento, ou que antissocial agora é escrito junto. Especialmente, quando o computador ainda acusa as palavras modificadas como erradas, diz o professor de gramática Hélio Silva, que deu aulas in company sobre o Acordo.
Para evitar erros, também é possível fazer o download de alguns programas que disponibilizam a correção das palavras segundo as novas regras. Sites como o Baixaqui e Softonic , por exemplo, oferecem esse serviço gratuitamente.
A Academia Brasileira de Letras também dispõe de um link para quem tiver dúvidas sobre o acordo. Basta acessar o site e procurar o serviço ABL Responde.
Mudança antecipada
Na agência Ato Z Comunicação, os colaboradores receberam um livreto com as novas regras e o debate e a troca de informação entre eles foi estimulada. Tivemos de ampliar o tempo dedicado à revisão para que não passasse nenhum erro. As medidas foram eficientes e o time está bastante confortável com a nova regra, comenta Meriellin Albuquerque, diretora de planejamento da empresa.
Meriellin conta que foi preciso antecipar um pouco o uso da nova ortografia, pois informativos e publicações customizadas são elaborados com meses de antecedência. Isso nos obrigou a começar a usar o Acordo em outubro do ano anterior ao início da vigência da nova regra, pois os materiais seriam distribuídos em janeiro e não poderíamos estar desatualizados, diz.
Entre os membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já ratificaram o acordo. Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste ainda não definiram quando irão adotar as novas regras.
No Brasil, o acordo foi firmado em 1990, aprovado pelo Congresso Nacional em 1995 e entrou em vigor em janeiro de 2009.
Postado por: Thatiane de Souza
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