Empresas investem para ensinar regras do Acordo Ortográfico

Empresas investem para ensinar regras do Acordo Ortográfico

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:13

Desde o ano passado, está em vigência o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa que alterou não só a grafia, mas também o acento e a estrutura de algumas palavras. Saiu o trema, o hífen permanece em alguns casos e tudo se ajeita pouco a pouco, como era de esperar.

Em algumas empresas, a opção foi dar aos funcionários cursos rápidos com as novas regras. “Mas é muito difícil as pessoas assimilarem que ideia, por exemplo, não tem mais acento, ou que antissocial agora é escrito junto. Especialmente, quando o computador ainda acusa as palavras modificadas como erradas”, diz o professor de gramática Hélio Silva, que deu aulas in company sobre o Acordo.

Para evitar erros, também é possível fazer o download de alguns programas que disponibilizam a correção das palavras segundo as novas regras. Sites como o  Baixaqui  e Softonic , por exemplo, oferecem esse serviço gratuitamente.

A Academia Brasileira de Letras também dispõe de um link para quem tiver dúvidas sobre o acordo. Basta acessar o site  e procurar o serviço “ABL Responde”.

Mudança antecipada

Na agência Ato Z Comunicação, os colaboradores receberam um livreto com as novas regras e o debate e a troca de informação entre eles foi estimulada. “Tivemos de ampliar o tempo dedicado à revisão para que não passasse nenhum erro. As medidas foram eficientes e o time está bastante confortável com a nova regra”, comenta Meriellin Albuquerque, diretora de planejamento da empresa.

Meriellin conta que foi preciso antecipar um pouco o uso da nova ortografia, pois informativos e publicações customizadas são elaborados com meses de antecedência. “Isso nos obrigou a começar a usar o Acordo em outubro do ano anterior ao início da vigência da nova regra, pois os materiais seriam distribuídos em janeiro e não poderíamos estar desatualizados”, diz.

Entre os membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já ratificaram o acordo. Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste ainda não definiram quando irão adotar as novas regras.

No Brasil, o acordo foi firmado em 1990, aprovado pelo Congresso Nacional em 1995 e entrou em vigor em janeiro de 2009.

Postado por: Thatiane de Souza

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições