Excesso de capital não é problema exclusivo do Brasil, diz Meirelles

Excesso de capital não é problema exclusivo do Brasil, diz Meirelles

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:10

O Brasil e os países emergentes não são os únicos destinos dos investimentos estrangeiros, segundo o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. Em evento promovido pela Associação Viva o Centro nesta segunda-feira, em São Paulo, Meirelles destacou que a crise financeira está provocando desequilíbrios também em países desenvolvidos.

O presidente do Banco Central explicou que questões de ordem política impedem a concessão de estímulos fiscais suficientes para a recuperação da economia americana. Por isso, o país depende de estímulos monetários, que na avaliação de Meirelles, já estão no limite, uma vez que os juros se encontram em patamares muito baixos e, em função disso, a maior potência mundial planeja expansão de sua base monetária. "Isso gera distorções graves. É um remédio que tem efeitos colaterais muito intensos, que são sentidos particularmente pelas regiões do mundo que estão bem. O Brasil é uma delas, mas não é a única.

Esse não é apenas um fenômeno de emergentes, como parece à primeira vista. Países como Suíça e Japão também têm sido destinatários de grandes investimentos." Para Meirelles, existem dois pólos de ação. O primeiro é individual, no qual cada país adota medidas para proteger sua economia. "O Brasil está tomando providências para isso." O segundo, diz respeito a discussões multilaterais, em que o Brasil, de acordo com Meirelles, está desempenhando papel ativo.

Questionado sobre medidas adicionais para frear a valorização do real, o presidente do BC apenas afirmou que "qualquer decisão será anunciada no devido tempo, se existir". Meirelles, porém, comentou que o excesso de fluxo de capitais para o Brasil é preocupante, já que isso cria a hipótese de formação de bolha. "Por isso, estamos todos atentos", disse. O presidente do BC também evitou comentar a possibilidade de continuar no governo a partir de 2011. "Vamos aguardar", afirmou.    

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