Feirão da Casa Própria: saiba como evitar problemas na escolha do imóvel

Feirão da Casa Própria: saiba como evitar problemas na escolha do imóvel

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:25

No title SÃO PAULO - O Feirão da Caixa, evento da Caixa Econômica Federal organizado para estimular a venda e o financiamento de imóveis, começa nesta sexta-feira (7) com a oferta estimada em 450 mil unidades, entre novos, usados e na planta. Serão 13 capitais percorridas, começando por Belém (PA), seguida por Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Uberlândia.

Para evitar os vários problemas relacionados a financiamentos negados, imóveis danificados, cobranças de taxas de condomínio em atraso, imóveis ocupados e até atraso na entrega das casas e apartamentos em construção, o presidente do Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo), José Geraldo Tardin, dá algumas dicas para os candidatos à compra de imóveis.

A primeira é pesquisar o preço. "Para fazer um bom negócio, é preciso saber o valor médio de outros imóveis com as mesmas características do que você pretende comprar e já determinar o valor máximo que você pretende pagar pelo imóvel".

Portanto, é válido investigar se há outro imóvel à venda no mesmo prédio ou condomínio, para saber o valor de mercado. Da mesma forma, uma pesquisa com imobiliárias na região pode ajudá-lo a detectar o preço médio do metro quadrado.

O que estou comprando

Conheça o imóvel por dentro e faça uma vistoria detalhada antes de fechar negócio. Segundo o Ibedec, "é muito comum, principalmente em imóveis ocupados, que, ao tomar posse do imóvel, o comprador se depare com luminárias, armários, torneiras e até partes de gesso arrancadas e que constavam quando da primeira visita".

Se o imóvel que você vai comprar está pronto, novo ou usado, procure se certificar de que não há outras dívidas pendentes, como condomínio e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Essas dívidas são de responsabilidade do antigo proprietário, que deverão ser quitadas pelo banco ou pelo vendedor do imóvel.

Um dos problemas mais comuns ocorre quando o imóvel adquirido está ocupado. Nesse caso, o conselho do Ibedec é não comprar. "Se, mesmo assim, você ainda estiver determinado a arriscar fazer um bom negócio, seu primeiro passo é fazer uma visita ao imóvel e tentar conversar com o ocupante sobre a situação dele e se o mesmo vai ou não desocupar o imóvel amigavelmente", recomenda Tardin.

Taxa de juros

Outra dica é pesquisar a taxa de juros. "Não é só a Caixa que faz financiamentos para habitação. Todos os bancos do país fazem. E a taxa de juros varia conforme sua renda, o valor do imóvel e o valor do financiamento", alerta o especialista.

Nesse quesito, a internet pode ajudar, pois todos os bancos têm simuladores on-line de financiamentos. Dessa forma, o interessado pode saber o CET (Custo Efetivo Total do Financiamento), que mostra quanto o financiamento vai custar, incluindo todas as taxas administrativas e tributos cobrados pelo banco.

Panfletos, anúncios e escritos feitos pelos vendedores são válidos como prova, na Justiça, caso seja necessário. Por isso é recomendável guardar tudo.

Vou conseguir pagar por tanto tempo?

O prazo do financiamento é outra coisa que, de acordo com o Ibedec, merece atenção redobrada do consumidor. "Ao financiar um imóvel em 30 anos, você pagará 4,5 vezes o valor de mercado do imóvel, entre juros, capital e correção monetária. Ao financiar em 20 anos, você pagará 3,5 vezes o valor de mercado do imóvel. Sabendo disto, procure comprar o menor imóvel dentro de suas necessidades atuais, dê o máximo de entrada possível e financie pelo menor prazo dentro de sua capacidade de pagamento".

O Ibedec recomenda nunca comprometer mais de 15% da  renda com o pagamento da primeira parcela do financiamento. "E não caia na tentação de comprometer 30%, conforme muitos bancos orientam. Lembre-se de que o prazo é muito longo, dificuldades e crises acontecem sempre e com todos e comprometer menos seu salário é caminho certo para não haver surpresas desagradáveis no futuro".

Outros custos

Além das parcelas do financiamento, há despesas de escritura e ITBI (Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis) para registrar a transação em cartório. Estes custos podem chegar a 3% do valor de mercado atual do imóvel, portanto, ou você tem de ter esta reserva em dinheiro ou precisa já incluir estes custos no financiamento.

Tardin ainda lembra que "estas são algumas dicas, dentre dezenas de problemas que podem acontecer na compra de um imóvel". E finaliza: "na dúvida sobre qualquer situação, procure um órgão de defesa do consumidor, como o Ibedec ou Procon".

Por Evelin Ribeiro

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições