Grécia irá honrar compromissos, acreditam líderes europeus

Grécia irá honrar compromissos, acreditam líderes europeus

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:22

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, emitiram um comunicado conjunto nesta terça-feira (1º) no qual afirmam que acreditam "totalmente que a Grécia irá honrar os compromissos" que assumiu com os líderes europeus na semana passada, quando foi anunciado um plano para conter a crise da dívida na região.

Na véspera, o primeiro-ministro grego surpreendeu seus parceiros europeus ao anunciar que pretende realizar em janeiro um referendo sobre a aceitação do segundo pacote internacional de ajuda financeira. "Nós tomamos ciência da intenção das autoridades gregas de realizar um referendo. Nós estamos convencidos que esse acordo é o melhor para a Grécia", afirma a dupla.

Barroso e Rompuy conversaram por telefone com Papandreou e estão em contato com outros membros da zona do euro, acrescenta o comunicado. As conversas devem acontecer também durante o encontro do G20 (países com as 20 maiores economias mundiais) na França, na quinta e na sexta-feira.

Banco Mundial

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, criticou o referendo anunciado por Atenas, e afirmou que, se a iniciativa for recusada, será um caos.

"Se for aprovado (o acordo), poderá ser um sinal positivo para as pessoas. Se fracassar (e a iniciativa for rejeitada), será um caos", indicou.

Reunião emergencial

Após a reação europeia, Papandreou convocou uma reunião de emergência de seu gabinete ministerial para a tarde desta terça (14h pelo horário de Brasília), em meio a uma revolta entre os membros de seu Partido Socialista.

"Papandreou está tentando controlar uma revolta no partido. O futuro do governo pode ser decidido na reunião do gabinete", disse um membro sênior do partido. "Neste momento, Papandreou ainda planeja ir adiante com o voto de confiança marcado para sexta-feira".

A deputada socialista Eva Kaili disse por meio de um comunicado que é preciso um governo de unidade nacional no país, mas acrescentou que Papandreou não deve liderar este governo. Seis representantes do partido também pediram a substituição de Papandreou. Mais cedo, outra parlamentar socialista, Milena Apostolaki, abandonou o partido, deixando os socialistas com uma maioria de apenas duas cadeiras no Parlamento de 300 vagas.

Autoridades gregas disseram que um "sim" no referendo pode reduzir a oposição aos cortes nos salários, aposentadorias e gastos do governo. Mas um "não" poderá eventualmente fazer a Grécia abandonar o euro.    

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