Investimento estrangeiro cresce em setembro, mas deve cair em 2009

Investimento estrangeiro cresce em setembro, mas deve cair em 2009

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Investimento estrangeiro cresce em setembro, mas deve cair em 2009

A entrada de investimento estrangeiro no Brasil, caracterizado pelo interesse duradouro do investidor, permanece em alta neste ano. Segundo dados do Banco Central referentes a setembro, entraram no país até ontem, dia 23 de setembro, US$ 5,250 bilhões e a expectativa para o mês é de US$ 5,8 bilhões. No entanto, o investimento deve cair em 2009, enquanto o déficit em transações correntes deve crescer.

De acordo com o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o crescimento do investimento estrangeiro direto (IED) no país, mesmo com a crise financeira internacional, deve-se ao fato de a economia brasileira estar "arrumada". "Tenho indicadores macroeconômicos bastante estáveis", disse.

Ele citou ainda o grau de investimento que o país ganhou neste ano de agências de classificação de risco e disse que nessa situação de crise, o Brasil é uma opção para o investidor.

O BC manteve a projeção de IED para o ano em US$ 35 bilhões, mas estimou um valor menor em 2009: US$ 33 bilhões. "Tem uma certa retração nesses fluxos de capital, evidentemente refletindo a crise", afirmou.

No acumulado do ano, o IED soma US$ 24,575  bilhões, sendo que os setores que mais investiram no Brasil foram o de veículos automotores, metalurgia e serviços financeiros. Juntos, esses setores representam 50,2%. "Os setores que mais recebem são os que mais remetem [recursos para o exterior]", afirmou Lopes. Em agosto, o IED chegou a US$ 4,633 bilhões.

Para Lopes, o IED irá financiar o déficit em conta corrente (resultado negativo de todas as operações do Brasil com o exterior). A projeção do BC para o déficit em transações correntes é de US$ 28,8 bilhões neste ano e US$ 33,1 bilhões para 2009.

O possível aumento não preocupa Lopes. Ele ressaltou que o déficit vai representar 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 e 1,9% no próximo ano, percentuais distantes da média histórica de 2,4%, segundo ele.

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