Juro de pessoa física cai em 44,7% ao ano, menor nível desde fevereiro

Juro de pessoa física cai em 44,7% ao ano, menor nível desde fevereiro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:17

Os juros médios cobrados pelos bancos em suas operações com pessoas físicas recuaram de 47,1% ao ano em outubro para 44,7% ao ano em novembro, informou nesta quarta-feira (21) o Banco Central. Trata-se do menor patamar desde fevereiro deste ano, quando a taxa cobrada das pessoas físicas estava em 43,8% ao ano.

A queda dos juros já era esperada, visto que o Banco Central vem reduzindo os juros básicos da economia desde o fim de agosto. Nos últimos meses, os juros básicos da economia, determinados pela autoridade monetária, recuaram 1,5 ponto percentual, de 12,5% ao ano, em agosto, para 11% ao ano. A taxa média geral de juros de todas as operações de crédito (com exceção do habitacional, do BNDES e do crédito rural) também recuou em novembro, quanto atingiu 38,5% ao ano. Em outubro, estava em 39,5% ao ano. Já os juros bancários cobrados das empresas foram os únicos que ficaram estáveis no mês passado, somando 29,8% ao ano - o mesmo valor de outubro.

Custo de captação dos bancos e 'spread'

Com a redução dos juros no fim de agosto, e em outubro e novembro, pelo Banco Central, o custo de captação médio das instituições financeiras também caiu. Em agosto, o custo médio de captação dos bancos estava em 11,9% ao ano. Em novembro, já havia recuado para 10,3% ao ano - uma queda de 1,6 ponto percentual.

Já o spread bancário das linhas de crédito de pessoas físicas e empresas, que somava 27,8 pontos em agosto, somou 28,2 pontos em novembro. Deste modo, embora tenham reduzido os juros e repassado parte da queda do custo de captação, esse "repasse" não aconteceu de forma integral pelos bancos - uma vez que o seu spread médio subiu 0,4 ponto percentual desde agosto. O "spread bancário" é composto pelo lucro das instituições financeiras, pelo taxa de inadimplência, pelos tributos e custos administrativos.

Linhas de crédito

Na contramão dos juros bancários médios, a taxa cobrada pelos bancos nas operações com o cheque especial de pessoas físicas subiu no mês passado, quando atingiu 188,4% ao ano, contra 183,8% ao ano em outubro - um forte aumento de 4,6 pontos percentuais. Os juros do cheque especial ainda permanecem extremamente elevados se comparados com outras linhas de crédito. A taxa de juros do crédito pessoal, por exemplo, somou 48,6 ao ano em novembro, na comparação com 52,2% ao ano em outubro.

No caso das linhas de crédito bancárias destinadas às empresas, a taxa do desconto de duplicatas caiu de 43,4% ao ano em outubro para 41,3% ao ano em novembro. Para capital de giro, a taxa média de juros das instituições financeiras caiu de 27,3% ao ano em outubro para 26,3% ao ano em novembro. Já a linha de crédito para aquisição de bens teve juros médios de 13,8% ao ano em novembro, contra 15% ao ano em outubro deste ano.        

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