Lucro da Telefónica cai no 1o trimestre

MADRI (Reuters) - A Telefónica divulgou fraco resultado trimestral nesta sexta-feira, mostrando a dificuldade da empresa de lidar com dura competição em seu mercado doméstico em um momento de economia espanhola estagnada.

O rápido crescimento na América Latina, que responde por perto de metade da receita da maior empresa de telecomunicações da zona do euro, ajudou a compensar os menores ganhos em mercados maduros na Europa.

No Brasil, a Telefónica controla a Telesp, operadora de telefonia fixa em São Paulo, e a Vivo, maior operadora celular do país. Ambas as controladas estão em processo de união.

Mesmo na América Latina, onde a operação brasileira continuou a brilhar no primeiro trimestre, houve fraca performance em alguns mercados, como no México, onde a receita caiu.

A Telefónica teve queda de 2 por cento no lucro líquido trimestral, para 1,62 bilhão de euros (2,3 bilhões de dólares), comparado à previsão média de analistas de 1,72 bilhão de euros, segundo pesquisa Reuters.

A companhia disse que o resultado ficou em linha com suas estimativas internas e reafirmou as metas dadas a investidores em conferência no mês passado.

'Nossa avaliação é que esses resultados são muito mais fracos do que estávamos esperando. A questão é se a volatilidade no lucro na América Latina, especialmente no México, é temporária ou representa uma mudança da dinâmica da competição', disse o analista Tim Boddy, do Goldman Sachs.

A receita na Espanha, foco de preocupação do mercado, continuou a decepcionar, com declínio de 5,6 por cento, para 4,37 bilhões de euros.

Os serviços de voz na Espanha tiveram receita quase 9 por cento menor no trimestre na comparação anual, enquanto o faturamento com Internet rápida recuou 4 por cento na divisão espanhola.

A receita na América Latina cresceu quase 6 por cento em termos orgânicos e 26 por cento considerando aquisições, enquanto a da Europa excluindo a Espanha subiu 8,4 por cento.