Pesquisas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP) revelam o aumento da participação das empresas paulistas no setor de serviços, que já representam 38% dos empreendimentos um crescimento de 11% em relação ao período do último estudo em 1999.
A expectativa para os próximos cinco anos é que esse número continue crescendo e que o setor terciário seja mais representativo na economia de São Paulo. O modelo de produção está mudando e a contratação de serviços terceirizados nas pequenas empresas é algo cada vez mais presente. Isso será uma tendência, afirma Ricardo Tortorella, diretor superintendente do Sebrae-SP.
Outro aspecto revelado pelo estudo está relacionado aos motivos que levam empresários a abrirem suas empresas. Há dez anos, a cada dois empreendimentos abertos diante de uma oportunidade, uma nascia pela vontade do empresário ter o controle de um negócio próprio. Hoje, 77% dos profissionais ouvidos na pesquisa disseram que abriram sua empresa após ter identificado uma boa oportunidade. Os empresários estão percebendo a importância de uma boa preparação e do uso de ferramentas certas para gerir seus negócios. Grandes líderes no mercado têm muitos anos de estudo e isso é fundamental para o sucesso, diz o diretor.
A escolaridade dos empreendedores também é um fator que cresce ao longo dos anos e a maioria já possui ao menos o ensino médio. Entre 1995 e 1999, 64% dos novos empresários apresentavam esse nível de escolaridade, entretanto, no período de 2003 a 2007 o índice aumentou representativamente, alcançando 79%. Para o Sebrae, novos desafios surgirão com as tendências reveladas no estudo. O aumento da qualificação do empreendedor ao longo do tempo trará mais desafios para atender às demandas desse público. Precisarão ser criados produtos e serviços que atendam às suas exigências, que serão cada vez maiores, diz Ricardo Tortorella, diretor superintendente do Sebrae-SP.
Com 30,9% das 5,5 milhões de micro e pequenas empresas do país, o Estado de São Paulo apresenta o dobro de empresários, quando comparado à última pesquisa de 1999, com até 24 anos cerca de 6%. Entretanto, cerca de três quartos dos novos empreendedores ainda estão na faixa de 25 a 49 anos, faixa etária que não sofreu alterações ao longo dos 12 anos de monitoramento do Sebrae. Também se manteve constante a presença dos homens como empresários, com uma participação de 64%.
Postado por:Guilherme Pilão
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