MTE: remuneração não subiu em 4 setores em 2010

MTE: remuneração não subiu em 4 setores em 2010

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:44

BRASÍLIA - Entre 28 setores e subsetores analisados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apenas em quatro os trabalhadores, em média, não tiveram aumento de remuneração ao longo de 2010: extrativa mineral, indústria de material elétrico e de comunicação, indústria de material de transporte e serviços industriais de utilidade pública. "É o crescimento do salário em todos os demais setores que faz o mercado interno crescer", comentou o ministro Carlos Lupi. "E não é verdade dizer que o Brasil está gerando emprego de baixa qualidade e baixa renda. O Brasil está gerando emprego de forma homogênea", acrescentou.

Pela Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2010, apresentada hoje, houve uma queda de 2,61% no ano passado em relação ao volume de analfabetos contratados. Já no segmento de ensino médio completo houve um crescimento de 11,76%. Este grupo de pessoas representa agora 41,85% de toda a força de trabalho em atividade, enquanto a participação dos iletrados caiu para 0,50% do total em 2010. "Penso que verificamos dois processos em curso: as pessoas estão se alfabetizando mais e as empresas estão querendo profissionais mais qualificados para trabalhar", comentou o ministro.

Quando se avalia o nível de instrução superior completo, verifica-se um crescimento de 7,99% em relação a dezembro de 2009. No caso do superior incompleto, houve uma expansão de 3,48%. "Cada vez é mais necessário ter escolaridade e informação para se trabalhar", disse. "Esses números também servem para desmistificar quem diz que o emprego gerado no Brasil é de baixa renda e de baixa escolaridade", acrescentou.

Jovens e idosos

Os mais jovens e os mais idosos foram os profissionais mais procurados para trabalhar no ano passado, conforme a Rais, divulgada hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). "Houve um crescimento mais significativo na população mais vulnerável", analisaram os técnicos do ministério.

No caso dos jovens, a expansão do nível de emprego foi de 19,06% no ano passado em relação aos estoques do mercado de trabalho verificados em 2009. O porcentual é mais do que o dobro do crescimento médio do período, de 6,94%. De forma semelhante, os assalariados com mais de 65 anos e de 50 a 64 anos apresentaram um aumento de 12,77% e 10,28%, respectivamente, no período.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, atribuiu parte da expansão verificada no ano passado no segmento de pessoas mais novas ao programa Jovem Aprendiz, do governo federal, que estabelece uma série de facilidades para a contratação do adolescente que ingressa no mercado de trabalho. "No caso dos mais idosos, temos visto a necessidade de as empresas contratarem pessoas experientes e também a necessidade de trabalhar para ajudar a família. Um ponto é positivo e outro é negativo, mas os dois são bons", avaliou o ministro.

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