O número de famílias paulistanas com contas em atraso caiu 1,3 ponto porcentual em outubro sobre setembro, ao atingir 10,8%, o menor nível desde o início da série histórica, em fevereiro de 2004, quando atingiu 25,7%. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência, divulgados nesta quinta-feira (3) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Na comparação com outubro de 2010, a queda foi de 4,7 pontos porcentuais, diz a pesquisa. Entre as famílias com contas em atraso, 51,5% têm prestações vencidas há mais de 90 dias; 26% por até 30 dias; e 19% do total estão com débitos pendentes entre 30 e 90 dias.
Famílias endividadas
O total de famílias paulistanas endividadas manteve-se praticamente estável em outubro em relação ao mês anterior. O resultado aponta que 43% dos paulistanos possuem algum tipo de dívida, o que equivale a 1,54 milhão de famílias.
Em outubro de 2010 o número era de 1,78 milhão, apresentando queda, ano a ano, da ordem de 263 mil famílias endividadas.
A queda do nível de endividamento é observada desde abril deste ano, diz a entidade. Mesmo com a queda de dois pontos porcentuais na relação entre outubro e setembro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) revela que os paulistanos ainda seguem confiantes à atual situação econômica do país. Outro item altamente favorável à manutenção da confiança tem sido a estabilidade do nível de emprego de emprego e renda, diz nota da FecomercioSP.
Cartão de crédito lidera
O principal tipo de dívida entre as famílias analisadas em outubro continua sendo o cartão de crédito (72,4%), seguido por carnês (24,6%), crédito pessoal (14,7%), financiamento de carro (9,8%), e cheque especial (7,4%).
De acordo com a entidade, a utilização de cartão de crédito tem se expandido nas classes C, D e E, sobretudo pelo aumento dos cartões oferecidos gratuitamente que podem ser usados como forma de pagamento mesmo que o consumidor não tenha conta bancária.
A pesquisa é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. Os dados são coletados junto a cerca de 2.200 consumidores no município de São Paulo.
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