Nobel da Paz Yunus deixa banco de microcrédito Em Bangladesh

Nobel da Paz Yunus deixa banco de microcrédito Em Bangladesh

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:43

DACA - O Nobel da Paz Muhammad Yunus deixou o pioneiro banco de microcrédito que ele fundou em seu país, Bangladesh, informou o economista em comunicado. Uma semana antes, Yunus perdeu uma batalha legal contra sua saída do banco.

O Nobel de 2006 disse que estava deixando o posto de diretor-gerente do Banco Grameen. O vice dele, Nurjahan Begum, assumirá o posto. O governo apoiava a saída de Yunus. "Eu estou tomando esse passo sem prejuízo às questões legais levantadas diante da Suprema Corte, e a fim de evitar uma inadequada interrupção nas atividades do Banco Grameen", afirmou ele em uma carta divulgada no fim da quinta-feira.

Yunus, de 70 anos, foi retirado do comando do banco de microcrédito em 2 de março, por ordem do Banco Central de Bangladesh. O BC argumentou que ele havia excedido a idade para aposentadoria compulsória do posto. Yunus desafiou a ordem, apelando contra a decisão, mas seu recurso foi negado pela Suprema Corte em 5 de maio.

Após o veredicto, sobre o qual não cabe apelação, funcionários e membros do conselho do Banco Grameen disseram que foram agredidos ou ameaçados para pararem de fazer campanha pela volta do diretor ao cargo.

Yunus disse esperar que sua saída "garanta a meus colegas e a nossos oito milhões de membros, e aos proprietários do banco, que não fiquem sujeitos a qualquer dificuldade no desempenho de suas responsabilidades".

O governo examina várias recomendações de um órgão investigativo para reestruturar radicalmente o Banco Grameen e suas companhias irmãs, inclusive alterando o conselho do banco. "Eu espero que o Banco Grameen continue a operar mantendo sua independência e caráter...e avance para um êxito ainda maior", escreveu Yunus.

Seus partidários dizem que Yunus - conhecido como "o banqueiro dos pobres" - foi vítima da primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina. A relação dos dois piorou em 2007, quando Yunus chegou a fundar brevemente um partido durante um período de regime militar. A premiê chegou ao poder dois anos depois. No final do ano passado, Hasina acusou Yunus de tratar o banco como "propriedade pessoal" e disse que a instituição "suga sangue dos pobres". As informações são da Dow Jones.

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