O número de desempregados na Espanha aumentou em 295.300 pessoas no quarto trimestre de 2011 e encerrou o ano em 5.273.600. É a primeira vez que o número ultrapassa a barreira dos cinco milhões, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (27).
O índice de desemprego fechou 2011 em 22,85%, ainda abaixo da taxa registrada na crise de 1993. A taxa, que é a maior em 17 anos, não tem equivalentes entre os países da União Europeia e nem entre os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Com a economia rumando para a recessão, há pouca perspectiva de que o desemprego caia no futuro próximo.
"A situação da Espanha é complicada porque o país precisa ficar ajustando o déficit (orçamentário) no contexto de um cenário muito difícil para o emprego, e é difícil fazer as duas coisas ao mesmo tempo", disse Nicolas Lopez, analista-chefe da M&G Valores.
A taxa de ocupação caiu nos setores de serviços, construção e indústria. O total de asalariados com contrato indefinido baixou em 104.200.
proposta de reforma trabalhista da Espanha ganhou apoio provisório dos principais sindicatos e grupos empresariais do país. O governo sinalizou que a reforma facilitará e tornará mais barato para as companhias demitirem e contratarem, além de dar mais proteção aos trabalhadores.
Porém, a transição para um sistema mais flexível será dolorosa.
Com a economia espanhola prestes a encolher em 2012, o banco central disse na segunda-feira esperar que o desemprego fique acima de 23 por cento neste ano e no próximo, acrescentando que uma reforma trabalhista significativa ajudará a gerar vagas no médio prazo.
Os níveis cronicamente altos de desemprego levam muitas famílias a situações difíceis. Os dados desta sexta-feira mostraram que o número de famílias em que nenhum membro está empregado aumentou em 150 mil durante o quarto trimestre, para 1,575 milhões.
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