O percentual de famílias brasileiras que afirmaram ter dívidas chegou a 63,4% em janeiro, uma alta de 1,2 ponto percentual em relação aos 62,2% registrados em dezembro de 2013. Os débitos incluem cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.
O índice também aumentou na comparação com janeiro de 2013, quando marcou 60,2%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira (22) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Já o percentual de famílias com contas em atraso recuou tanto na comparação mensal como anual, passando de 20,8% em dezembro para 19,5% em janeiro. Em janeiro de 2013, o indicador alcançava 21,2%.
O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, permanecendo inadimplentes, ficou estável nas comparações mensal e anual, alcançando 6,5% em janeiro.
Marianne Hanson, economista da CNC, afirmou que, apesar da alta do endividamento, os indicadores de inadimplência diminuíram em janeiro.
“O efeito sazonal dos ganhos com o 13º salário continuou influenciando positivamente esse resultado. Houve, também, melhora na percepção das famílias em relação à sua capacidade de pagar seus débitos em atraso. Na comparação anual, a melhora no perfil de endividamento permitiu que os indicadores de inadimplência recuassem, apesar do maior nível de endividamento”, diz.