Pagar dívidas, fazer comprar ou investir?

Pagar dívidas, fazer comprar ou investir?

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:29

A gripe A1N1 perdeu espaço na mídia, os escândalos políticos não têm a força que tinham no passado, as notícias sobre a economia voltam a dominar o dia a dia e os consumidores começam a fazer contas sobre o 13º salário, compras de Natal e férias de verão. Diante disso, algumas dúvidas surgem, como: Qual o real cenário? O que fazer? Investir, gastar, pagar contas?

Para Mauro Giorgi, gestor de recursos da Hera Investment, em 12 meses, muitas mudanças ocorreram e os consumidores e investidores precisam estar atentos. Giorgi alerta que o Banco Central procedeu a uma redução muito forte das taxas de juros básicas da Economia, mas os bancos, principalmente os privados, não repassaram toda essa baixa. Porém, já há um ambiente novo. O especialista avalia que, por todos os cidadãos serem tanto investidores e consumidores, como devedores e credores, há um equilíbrio pertinente para a situação atual. "Todos os recursos extras, sejam 13º salário ou bônus, devem ser direcionados para o pagamento de dívidas. Mesmo que a taxa de juros tenha recuado, a diferença entre as taxas de aplicação e a de pagamento é desfavorável de uma maneira muito forte. Por mais que vejamos o governo procurar caminhos para redução desta diferença, a mesma permanecerá elevada ainda por um bom tempo", avalia.

Com relação ao consumo, Mauro Giorgi considera que as compras à vista ainda são a melhor opção, mas as compras a prazo estão com os juros em queda. "O consumidor deve sempre visualizar os prazos até seis meses, cujas taxas são mais baixas", lembra o executivo. Para ele, é importante ressaltar que apesar de se notar uma mudança estrutural nos juros no Brasil, nada impede que se encontrem taxas mais altas ao final de 2010, por esses indicadores serem variáveis.

Após essas orientações, o economista indica que, se sobrar algo para investir, o individuo deve, primeiro, descobrir qual o seu perfil, já que há a divisão entre conservadores, moderados e arrojados. De acordo com o gestor de recursos da Hera Investment, os conservadores têm como principal opção a caderneta de poupança, produto conhecido com rentabilidade competitiva hoje, liquidez diária e isenção de Imposto de Renda. Além desta opção, há a possibilidade de aplicações em fundos de investimento com títulos públicos, que também têm rentabilidade competitiva com a caderneta de poupança e liquidez diária, perdendo apenas no item da isenção de IR.

Para os moderados, Mauro Giorgi avisa que os mesmos podem procurar fundos de investimento com títulos públicos e privados que têm rentabilidade um pouco maior, também com liquidez diária e compensando parte da isenção de IR com a rentabilidade maior. "Ainda há a possibilidade de aplicações em ações com perfil de longo prazo com boas expectativas de ganhos acima da taxa de juros vigente e futura", diz.

Segundo o especialista, os arrojados têm como opções na renda fixa a compra de títulos públicos por meio do Tesouro Direto, com rentabilidades maiores e liquidez semanal. Já no mercado de ações, Giorgi aconselha a esse tipo de investidor comprar ações, ou fundos de investimento e clubes de investimento em ações, todos com risco mais elevado e ao mesmo tempo possibilidades de ganhos superiores a taxa de juros vigente e futura no médio prazo.

Porém, mesmo diante de todas as suas indicações, o gestor de recursos da Hera Investment acredita que o panorama econômico está constantemente suscetível a desafios. "O consumidor, investidor, credor ou devedor terão novas provocações pela frente, pois as mudanças econômico-financeiras ainda estão longe de terminar", afirma.

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