Os preços do petróleo estabilizaram-se nesta quinta-feira em Nova York, no dia seguinte a uma forte queda, em um mercado que tem dificuldades para se recuperar, afetado pelos temores sobre a crise grega, enquanto ganharam um dólar em Londres.
Na Nymex (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), o barril do tipo Texas ("light sweet crude") para entrega em julho fechou em US$ 94,95, em alta de US$ 0,14 em relação à quarta-feira.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com vencimento em agosto subiu mais, ganhando US$ 1,01, a US$ 114,02.
Os preços tinham caído mais de quatro dólares nesta quarta-feira, a seu nível mais baixo desde fevereiro. O pregão desta quinta-feira foi hesitante, com os preços oscilando em torno do equilíbrio até o fechamento.
"Depois da queda [de quarta-feira] deveríamos ter tido alguma repercussão, mas a fragilidade do euro e os temores sobre a dívida grega realmente pesaram sobre os preços", comentou Matt Smith, da Summit Energy.
Para o mercado petroleiro, "o efeito imediato vem do euro, por sua relação com o dólar". "Dito isso, no longo prazo, poderá haver repercussões importantes sobre a economia europeia", completou.
Os mercados financeiros temem que a Grécia, em agonia devido ao peso de uma dívida pública considerável, esteja em situação de inadimplência, o que teria pesadas consequências para o setor bancário europeu.
Por outro lado, a crise orçamentária transformou-se nesta quinta-feira em crise política, o primeiro-ministro grego, Giorgios Papandreu, tentava reorganizar seu governo para fazer medidas de austeridade serem aprovadas.
No nível das operações financeiras, a queda do euro na quarta e na quinta-feira fortaleceu o dólar, tornando o petróleo menos atraente para os compradores munidos de outras moedas.
Segundo Matt Smith, outros fatores compensaram estes temores, permitindo que os preços do petróleo se estabilizassem.
Indicadores econômicos melhores que o previsto, publicados nos Estados Unidos, onde as solicitações de seguro-desemprego caíram mais que o esperado na semana passada e a construção de moradias subiu em maio.
Além disso, a AIE (Agência Internacional de Energia) revisou para cima, em 100 mil barris diários, sua previsão de demanda mundial de petróleo em 2011.
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