O Procon de Goiás começou nesta quarta-feira a autuar usinas, distribuidoras e postos de combustíveis suspeitos de aumento abusivo de preços.
Ao todo, o órgão afirma ter encontrado irregularidades em 228 postos, 51 distribuidoras e 35 usinas localizados em Goiânia. A ação deve se estender para o interior do Estado na próxima semana.
Caso não apresentem justificativas para o aumento em até dez dias, as empresas terão que pagar multas entre R$ 300 e R$ 6 milhões.
As investigações sobre o aumento de preços começaram em janeiro, com base na análise das notas fiscais.
Segundo o gerente de pesquisa e cálculo do Procon, Gleidson Tomaz, muitos postos anteciparam o aumento dos preços dos combustíveis aos clientes antes mesmo da mudança no valor pago às distribuidoras.
O órgão também encontrou distorções nos repasses dos valores entre os integrantes da cadeia do etanol, como as usinas, que justificam o aumento devido à influência de fatores climáticos e falta de produtos.
"Mas já temos indícios de que o estoque era até 14% superior ao ano passado", afirma Tomaz.
Ainda segundo o Procon, dos 228 postos, metade tinham preços semelhantes, mesmo em contato com distribuidoras diferentes.
O Ministério Público de Goiás, que também participa da operação, junto com a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor, diz que vai investigar a suspeita de que algumas distribuidoras estariam deixando de vender ou aplicando preços mais altos para postos de bandeira branca.
A reportagem tentou localizar os sindicatos dos postos de combustíveis e distribuidoras para comentar o caso, mas não conseguiu contato.
Procurados, alguns postos disseram que apenas repassam o valor recebido das distribuidoras e que os valores são comprovados em nota fiscal. Eles também negam o aumento antecipado dos preços.
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