Produção industrial recua 1,6% em junho, mostra IBGE

Produção industrial recua 1,6% em junho, mostra IBGE

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:32

A produção industrial brasileira recuou 1,6% em junho, na comparação com o mês anterior e com ajuste sazonal, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, alta foi revisada para baixo, de 1,3% para 1,1%.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, foi verificada alta de 0,9% em junho, taxa menos intensa que a de 2,7% registrada em maio.

O indicador acumula alta de 1,7% nos primeiros seis meses do ano. Nos últimos 12 meses, a taxa manteve a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado (11,8%), ao passar de 4,5% em maio para 3,7% em junho.

No fechamento do segundo trimestre de 2011, o setor industrial ficou positivo frente a igual período de 2010 (0,7%), mas recuou em relação ao trimestre imediatamente anterior (-0,7%).

Setores

A redução do ritmo da atividade industrial de maio para junho atingiu 20 dos 27 ramos industriais pesquisados e todas as categorias de uso.

"A evolução do índice de média móvel trimestral reforça o quadro de menor dinamismo do setor industrial nesse mês, uma vez que se observa o primeiro resultado negativo desde outubro de 2010, após dois meses seguidos de taxas próximas da estabilidade", diz o IBGE, em nota. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, a produção industrial também apontou sinais de diminuição no ritmo produtivo, ao passar de uma expansão de 2% no primeiro trimestre do ano para uma queda de 0,7% no trimestre seguinte, diz o instituto, em nota.

Entre os setores, o principal impacto negativo veio de refino de petróleo e produção de álcool (-8,9%), pressionado em grande parte pela paralisação técnica para manutenção em plantas industriais do setor, vindo a seguir produtos de metal (-10,9%), veículos automotores (-1,4%), alimentos (-1,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-6,0%), máquinas e equipamentos (-1,4%) e metalurgia básica (-2,1%).

O IBGE destaca que, com exceção do ramo de metalurgia básica, que apontou o terceiro recuo consecutivo, os demais setores registraram crescimento na produção no mês anterior: 6,4%, 9,9%, 3,4%, 3,7%, 0,8% e 4,9%. Por outro lado, entre as sete atividades que ampliaram a produção, edição e impressão (5,9%), após recuar 1,8% em maio, exerceu a influência positiva mais relevante sobre o total da indústria em junho.

No corte por categorias de uso, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, a queda mais acentuada foi observada em bens de consumo semi e não duráveis (-2,4%), após ficar estável em maio (0,0%) e recuar em abril (-1,9%).

Os segmentos de bens de capital (-1,9%) e de bens intermediários (-1,6%) também mostraram redução na produção, com ambos eliminando o avanço de 1,6% assinalado no mês anterior. O setor produtor de bens de consumo duráveis, ao recuar 0,5% em junho, foi o único que registrou queda abaixo da média global da indústria (-1,6%).

Comparação anual

Na comparação com igual mês do ano passado, 18 dos 27 setores apontaram crescimento na produção. As contribuições positivas mais relevantes vieram de veículos automotores (2,5%), outros equipamentos de transporte (12,1%), farmacêutica (6,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (10,0%), indústrias extrativas (3,9%), minerais não metálicos (5,9%) e fumo (21,0%).

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