ATENAS - O plano da Grécia para reduzir seu déficit orçamentário não será cumprido a não ser que o governo aumente os esforços fiscais e estruturais, disse o chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao país nesta quarta-feira.
A Grécia luta para cumprir metas estabelecidas pelo resgate de 110 bilhões de euros concedida pela União Europeia e o FMI no ano passado, com os esforços prejudicados por uma profunda recessão, uma arrecadação fraca do governo e tensões dentro do partido de situação.
O país cortou o déficit para 10,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 - mais de dois pontos percentuais acima da meta inicial - e precisa reduzi-lo para 7,6% neste ano para ficar de acordo com as imposições da ajuda externa.
Poul Thomsen disse que, sem reformas adicionais, Atenas não conseguirá reduzir o déficit muito abaixo de 10%.
"O programa não continuará encaminhado sem uma revigoração determinada das reformas estruturais nos próximos meses", disse Thomsen a uma conferência econômica em Atenas.
"A menos que nós vejamos essa revigoração, eu acho que o programa perderá seu rumo."
Nos primeiros comentários públicos depois que autoridades da UE e do FMI iniciaram uma visita de inspeção na Grécia semana passada, Thomsen disse que não ficou claro se a Grécia conseguirá retornar aos mercados de bônus no ano que vem, como planejado.
(Reportagem de George Georgiopoulos e Harry Papachristou)
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições