Seguradora resultante da união de Mapfre e BB terá R$ 10 bi em ativos

Seguradora resultante da união de Mapfre e BB terá R$ 10 bi em ativos

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:25

Seguradora resultante da união de Mapfre e BB terá R$ 10 bi em ativos

A nova empresa de seguros criada pela união entre a Mapfre e o Banco do Brasil terá ativos avaliados em R$ 10 bilhões e o processo de integração será concluído em 12 meses.

As informações são dos executivos das instituições, Aldemir Bendine, presidente do BB, e José Manual Martinez, presidente da espanhola Mapfre, presentes em evento em São Paulo para divulgação da conclusão do acordo.

Ainda sem nome definido, a nova companhia será a segunda maior seguradora de risco do país, com 16,4% de market share. "A nova empresa que surge corresponde a quase metade dos nossos negócios de seguridade no conglomerado ", afirmou Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de Novos Negócios do Banco do Brasil.

O acordo prevê a criação de duas sociedades holding, sendo a primeira com foco no segmento de pessoas, seguro imobiliário e agrícola, na qual a Mapfre deterá 25,005% do capital total, enquanto a BB Seguros deterá 74,995%.

Já a segunda holding terá foco nos seguros elementares, que incluem veículos, industriais, seguros gerais e canais Affiniti (Vida e Ramos Elementares). Nesta empresa, a Mapfre e a BB terão partes iguais de 50% do capital total.

O processo de integração começa a partir da aprovação dos órgãos reguladores - cuja conclusão esperada pelo BB ocorre em 60 dias - e deve estar preparado em seis meses, sendo que, em 12 meses, as instituições planejam já terem produtos integrados e uma nova marca. Enquanto isso, a comercialização dos produtos de seguro permanece separada.

Para a operação, o BB desembolsará um valor de R$ 295 milhões referente à equalização da participação da instituição nas holdings. "Cada uma das empresas trouxe os seus estoques atuais e nós ponderamos as participações, o que gerou um valor de desembolso para o Banco do Brasil ", explicou Caffarelli.

Deste modo, segundo o executivo, o desembolso de caixa do BB não terá efeito no balanço patrimonial do banco, já que será compensado pelo aumento equivalente do patrimônio. "O efeito no lucro líquido será apenas marginal ", afirmou o executivo.

A operação faz parte da estratégia do Banco do Brasil de reformular sua área de seguridade e, deste modo, ampliar dos atuais 13% de participação do setor nas operações do banco para 24% em 2012.

O Banco do Brasil acredita que a tendência do mercado se seguros no país é apresentar um crescimento acima do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos.

Além disso, o mercado verifica um movimento de aquisição de carteiras para ampliação dos portfólios das empresas do setor, além da utilização de corretores fora dos escritórios.

"O crescimento do país promove o crescimento do setor de seguros. Para o Banco do Brasil, é fundamental realizar esse movimento hoje ", afirmou o presidente do BB, Aldemir Bendine.

"O país está desfrutando de um dos melhores momentos de sua história. A criação dessa nova empresa nasce com a vocação de ser a melhor do Brasil ", completou o presidente da Mapfre, José Manuel Martinez.

Vale lembrar que hoje o Banco do Brasil concluiu a aquisição da participação detida pela Sulamérica na Brasilveículos, em uma operação no qual o banco desembolsará R$ 340 milhões e passará a deter 100% da companhia.

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