Setor moveleiro está em plena expansão na Paraíba

Setor moveleiro está em plena expansão na Paraíba

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:32

Na Paraíba, as fábricas aproveitam o bom momento da construção civil para produzir mais e aumentar as vendas. O setor de moveleiro está em plena expansão, com móveis planejados para todos os tipos de casa.

É o caso de uma indústria de Bayeux, município vizinho da capital João Pessoa. A empresa de Adeilton Pereira aproveitou o bom momento da construção civil. “A gente tem obtido um crescimento na ordem de 30% a 40% ao ano, nos últimos três anos.

Realmente é um crescimento muito significativo, tendo em vista o crescimento econômico nacional”, diz.

O mercado imobiliário cresceu quase 200% nos últimos três anos. As belezas de João Pessoa atraem os estrangeiros, que hoje compram 10% dos imóveis novos da cidade.

O crescimento do mercado imobiliário, com a construção de muitos prédios, impulsionou o setor moveleiro. O estado tem 500 fábricas de móveis que empregam 7 mil trabalhadores. Só em João Pessoa e nas cidades da região metropolitana, existem 180 empresas que estão cada vez mais fortes.

Para alcançar esse resultado, a empresa de Pereira contou com a ajuda do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ela é uma das 30 participantes do projeto Indústria Moveleira, que ajuda melhorar a qualidade e o desempenho das empresas. “Através de ações de capacitação, consultoria, ações de mercado. Para que dessa forma elas possam se manter no mercado de maneira sustentável e mais produtiva”, diz Elianete Alves de Paiva, do Sebrae.

As ações do Sebrae fizeram Pereira inovar. A fábrica produz ambientes comerciais e residenciais completos com um diferencial que conquistou o mercado: uniu a agilidade da indústria com a exclusividade das peças feitas em marcenaria.

“Queremos ganhar em produtividade, queremos ganhar em volume, mas não queremos perder a arte milenar de fazer a peça única: a marcenaria. De fazer um móvel exclusivo”, diz Pereira, citando um modelo redondo que, segundo ele, a indústria não conseguiria fazer.

Para conseguir o menor preço com os fornecedores, o Sebrae criou uma central de negócios. Os empresários do setor moveleiro compram matéria-prima em conjunto. Nos últimos quatro pedidos, Pereira economizou R$ 60 mil.

Viagens

Outro exemplo de união são as viagens em grupo. O Sebrae levou os empresários para feiras no Ceará, em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Uma maneira de criar novos negócios. Eles também aproveitaram para conhecer como funciona a indústria moveleira desses estados.

“É um intercâmbio. Isso é muito importante. É diferente de uma pessoa dizer que a maneira de fazer é essa. Você está vendo como aquilo foi feito, o empresário diz por que ele mudou aquilo, onde foi que ele errou. Isso serve até de alerta para a empresa”, diz Elianete.

Pereira voltou com muitas dicas para melhorar o desempenho da equipe. Os 20 operários atendem 30 pedidos por mês. Encomendas que vão de R$ 4 mil a R$ 100 mil.

O espaço de 800 metros quadrados já é insuficiente para uma produção tão grande. Por isso, a fábrica vai se mudar para um parque industrial. Um núcleo que vai abrigar 40 empresas do setor moveleiro.

O parque é um projeto dos fabricantes de móveis da Paraíba. Segundo o presidente da associação, Reginaldo Cavalvante, o espaço vai ajudar a promover ainda mais a produção local.

“A gente vai ter um showroom, para mostrar os produtos das empresas que estão nesse núcleo. Vamos ter a central de negócios, que é uma central onde vai se fazer a aquisição de material e promoção da produção local, e também localização para algumas pessoas que trabalham relacionadas com o setor do mobiliário”, diz Cavalcante.

O governo da Paraíba vai ceder o terreno e cada empresa vai construir sua fábrica. O parque industrial também vai melhorar o faturamento do setor. “A meta é tornar essas empresas mais competitivas, para que elas possam conquistar novos mercados.

Para que elas tenham reconhecimento da sociedade, das instituições, então esse é o grande papel”, afirma Elianete.

fonte: G1

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