Setor têxtil e de confecção quer combater importações ilegais

Setor têxtil e de confecção quer combater importações ilegais

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Setor têxtil e de confecção quer combater importações ilegais

O combate às importações ilegais é um dos pontos principais pelos quais a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) pretende lutar em 2009. A afirmação foi feita na última quarta-feira, dia 14 de janeiro, pelo diretor-superintendente da entidade, Fernando Pimentel, na Bolsa de Negócios da Fashion Business, que ocorre paralelamente à Fashion Rio.

De acordo com Pimentel,  o combate às importações ilegais passa  pelo aumento dos controles administrativos  e das estatísticas e pela maior velocidade  na divulgação dos números. Isso, assinalou, vai permitir que o Brasil possa perceber se está sendo ou não  invadido de forma ilegal. Ele esclareceu que isso faz parte de um sistema de monitoramento legal já adotado por vários países. “Temos que aumentar a vigilância para tomar as medidas corretivas, caso necessário”.

A idéia, revelou Pimentel, é ampliar  a parceria do setor com a Receita Federal e a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).Outro ponto de destaque na atuação da Abit para este ano diz respeito à  reforma tributária. O objetivo é que a reforma “seja neutra e não suba os encargos”, assinalou o presidente da entidade, Aguinaldo Diniz Filho.

A Abit também quer que o governo compre da indústria nacional as fardas e uniformes usados pelas Forças Armadas, seguindo o exemplo de outros países, como a China. O presidente da Abit enfatizou que isso vai gerar emprego e oportunidades para jovens carentes. A entidade  planeja ainda intensificar os acordos comerciais com outros países, visando a aumentar as exportações. Nesse sentido, o programa Texbrasil, desenvolvido desde 2001 em conjunto pela Abit e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), pode ser uma alavanca, apesar da crise financeira internacional,  analisou o diretor do projeto, Rafael Cervone.

“A solução para a crise é criatividade”, enfatizou Cervone. Ele acredita que  há grande possibilidade de fomentar as vendas ao exterior do setor, em razão do fluxo de comércio entre os países, estimado hoje em torno de US$ 550 bilhões, com previsão de subir para US$ 800 bilhões entre 2014 e 2016, em razão do crescimento populacional na China, Índia e nos países desenvolvidos.

O setor têxtil e de confecção brasileiro  encerrou o ano de 2008 com faturamento de US$ 43 bilhões, superior em 4% ao número registrado em 2007 (US$ 41,3 bilhões).  O aumento foi atribuído ao aquecimento do mercado interno, que representa 92% do consumo. De acordo com números divulgados pela Abit, enquanto a produção física do segmento de vestuário foi ampliada em 4,07% no acumulado de 2008, até novembro, a produção física da indústria têxtil foi reduzida em 0,27% no mesmo período. Para o ano fechado de 2008, as projeções indicam, respectivamente, crescimento de 3,6% e queda de 0,35%.

O presidente da Abit destacou que, em contrapartida,  o comércio varejista de tecidos e vestuário cresceu até outubro do ano passado 10,29%, o que indica a participação expressiva dos produtos importados no mercado doméstico, no período. Na avaliação de Diniz Filho, isso significa que os produtores têm  margem para crescer dentro do país.

 

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