O spread bancário, que é a diferença entre a taxa de captação dos bancos, ou seja, quanto eles pagam pelos recursos, e os valores cobrados em taxas de juros de seus clientes, recuou um pouco em 2010, mas ainda permanece elevado na comparação com o resto do mundo, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.
Em dezembro de 2010, o spread bancário somou 23,5 pontos percentuais, na comparação com 24,4 pontos percentuais em dezembro do ano anterior e 30,7 pontos no fechamento de 2008.
Até o momento, o menor spread já registrado pelo Banco Central foi em dezembro de 2007 - quando somou 22,3 pontos percentuais. Segundo o BC, o spread é composto pelos lucros dos bancos, pela taxa de inadimplência, pelos tributos, custos indiretos e despesas administrativas, entre outros.
"Comparando com o resto do mundo, o spread é alto porque as taxas de juros são mais elevadas no Brasil", disse Altamir Lopes. Questionado se o alto valor do spread bancário teria correlação com a alta lucratividade dos bancos brasileiros, Lopes afirmou que sim. "O spread embute a margem de lucro dos bancos", declarou ele.
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