Tesouro pretende realizar nova captação externa ainda neste ano

Tesouro pretende realizar nova captação externa ainda neste ano

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:22

O Brasil pretende retornar ao mercado internacional, por meio de uma nova emissão de títulos da dívida soberana brasileira, até o fim deste ano, assegurou nesta quinta-feira (27) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

"O Brasil pretende estar no mercado internacional nas próximas semanas. Para que fiquem bem claros os nossos fundamentos. Não tenho nenhuma dúvida que iremos no mercado internacional neste ano. Mais provavelmente, [a captação será] em dólar. O mercado está melhor depois do pacote europeu, mas não é isso [que motiva o Tesouro]. Temos uma ideia de que, nestes momentos, é importante deixar claros os fundamentos do Brasil, que são muito sólidos", disse Augustin a jornalistas.

Última captação externa

Esta será a segunda captação externa deste ano. A primeira aconteceu em julho, quando o governo brasileiro reabriu o vencimento de 2021 - emitindo US$ 550 milhões em títulos da dívida externa. Os recursos captados vão para as reservas internacionais brasileiras, que atualmente estão acima de US$ 350 bilhões. A taxa de retorno ao investidor daquela operação, ou seja, quanto os compradores receberão de rendimento, somou 4,18% ao ano - a menor taxa de juros de todas emissões da dívida externa brasileira.

Referência para empresas

Nas emissões da dívida externa do país, que não podem ser adquiridas por investidores nacionais, o governo capta recursos no mercado externo, mas têm por objetivo principal proporcionar referência para o mercado privado brasileiro em termos de taxas de juros.

Com os resultados das captações do Tesouro Nacional, as empresas podem calcular quanto teriam de pagar para fazer captações de recursos no mercado internacional. ou seja, servem como referência em termos de taxas de juros. As captações também geram aumento da dívida externa brasileira.

Como funciona?

A emissão de títulos da dívida pública no mercado externo é uma maneira de o país captar recursos. Investidores estrangeiros "compram" os papéis e pagam em dólar. Na data do resgate, recebem o equivalente ao emitido no momento da captação. No meio termo, recebem juros.

O processo de lançar bônus no mercado internacional funciona como um leilão. Os investidores fazem sua proposta ao governo brasileiro, informando a taxa de juros e a quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro Nacional as aceita ou não.      

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