Venda de imóvel novo em São Paulo cai 65,4% em outubro

Queda é de 55%, comparado com outubro de 2013.

Fonte: r7.comAtualizado: sexta-feira, 12 de dezembro de 2014 às 15:51
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O mercado imobiliário na cidade de São Paulo registrou nova queda nas vendas e nos lançamentos no mês de outubro, interrompendo a recuperação iniciada no segundo semestre, conforme mostra pesquisa divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo).

As vendas de imóveis residenciais novos na capital paulista foram de apenas 963 unidades em outubro, queda de 65,4% em relação a setembro. Quando comparado ao mesmo mês de 2013, o recuo é de 55,4%.

No acumulado de janeiro a outubro deste ano, as vendas totalizaram 15.337 unidades, 44,7% menos do que nos mesmos meses do ano passado.

A velocidade de vendas — medida pela relação entre o total de unidades vendidas e o total lançado no período e o estoque de períodos anteriores — foi de 3,9% em outubro, a mais baixa do ano. Em setembro, esse indicador chegou a 11,1%. Já em outubro do ano passado, foi de 11,4%.

Em parte, a queda na comercialização de imóveis pode ser explicada pelas eleições, que ocorreram em dois finais de semana, justamente o horário nobre para as vendas, de acordo com avaliação do economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.

— O que surpreendeu em outubro foram as eleições. Nunca vimos as pessoas tão envolvidas.

O economista também atribuiu a deterioração do mercado ao nível baixo de confiança dos consumidores.

— As pessoas estão apreensivas em relação ao ano que vem.

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Preço

Um terceiro fator que pode ter pesado sobre os negócios é o preço elevado dos imóveis, que subiu muito nos últimos anos e ficou caro e inacessível para muitos interessados.

— O aumento de preços ocorrido a partir de 2010, que acumulou um valor significativo, também pode estar criando uma seleção natural.

Por outro lado, Petrucci ponderou que os fundamentos que dão condições para a compra de imóveis pela população continuam firmes. Entre eles estão os níveis baixos de desemprego, o aumento da renda em patamar semelhante ao da inflação e a oferta de financiamento bancário com juros estáveis.

"A gente lê os dados e vê que estão bons. É difícil entender o mercado", disse Petrucci, referindo-se à queda nas vendas.

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