Vendas no varejo recuam 0,2% em abril, aponta IBGE

Vendas no varejo recuam 0,2% em abril, aponta IBGE

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:39

O volume de vendas do comércio varejista brasileiro caiu 0,2% em abril, na comparação mensal, com ajuste sazonal, segundo divulgou, nesta sexta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é primeira queda após 11 meses de crescimento, de acordo com a pesquisa. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas subiram 10%.

Em abril, a receita nominal cresceu 0,4%. No ano, as vendas acumulam alta de 7,6% e, nos últimos 12 meses, de 9,5%. Já a receita nominal acumula avanço de 12,6% no ano e de 13,7%, em 12 meses.

“As medidas restritivas de crédito do governo surtiram efeito. Agora, é lógico que a gente tem que esperar para ver se esse número negativo vai se repetir, afinal, foi o primeiro mês onde isso ocorreu”", disse Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio.

Entre as 10 atividades pesquisadas, 5 registraram queda no volume de vendas, com ajuste sazonal. As vendas cresceram nos setores de veículos e motos, partes e peças (1,7%); móveis e eletrodomésticos(1,7%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,7%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos(1,2%); material de construção (0,2%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios.

Na contramão, tiveram resultado negativos os setores de bebidas e fumo (-0,2%); combustíveis e lubrificantes (-1,6%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%); tecidos, vestuário e calçados (-3,2%); eequipamentos e material para escritório, informática e comunicação(-13,6%).

Sobre 2010

Na comparação anual, sem ajuste, apenas equipamentos e material para escritório, informática e comunicação teve taxa negativa, de -2,4%. Por outro lado, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios subiram, bebidas e fumo, 10,4%, móveis e eletrodomésticos, 19,3%, outros artigos de uso pessoal e doméstico, 12,4%, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 10,0%, tecidos, vestuário e calçados, 1,7%, combustíveis e lubrificantes, 0,9% e  livros, jornais, revistas e papelaria, 3,4%.

Entre esses setores, o de hipermercados foi o principal responsável na formação da taxa de varejo. No ano, a alta acumulada é de 4,7% e, nos últimos 12 meses, de 7%. Em nota, o IBGE disse que , "com esse resultado, o setor volta a ter a principal contribuição, refletido por um aumento de demanda, provocado por um ritmo menor de crescimento dos preços dos alimentos, e pelo efeito páscoa, cujos gastos se concentraram em abril".

Na sequência, aparecem móveis e eletrodomésticos, resultado explicado pela manutenção do crescimento do emprego e do rendimento, bem como pela queda dos preços dos eletrodomésticos, segundo o IBGE, "contrapondo os efeitos das medidas macroprudenciais implementadas pelo governo".

Por região

De todas as regiões analisadas pelo instituto, apenas o Amapá registrou baixa no volume de vendas (-1,2%) sobre abril do ano passado. Entre os que tiveram resultados positivos estão: Tocantins (27,1%); Paraíba (25,6%); Maranhão (18,0%); Minas Gerais (14,0%) e Rio de Janeiro (13,2%).          

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