CEO da Bematech conta os caminhos que traçou para chegar ao topo

CEO da Bematech conta os caminhos que traçou para chegar ao topo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:40

SÃO PAULO - Craque no posto de CEO, Cleber Morais, de 46 anos, assumiu, há poucas semanas e pela terceira vez, a presidência de uma empresa. À frente da Bematech, companhia de soluções de tecnologia para o varejo, Morais conta que caminhos traçou para chegar ao topo.

Você entrou na Bematech há poucas semanas com o desafio de prepará-la para um novo ciclo de crescimento. Que habilidades desenvolveu na carreira que permitem enfrentar o desafio?

Para galgar posições na carreira, é preciso ir adquirindo habilidades, mas de forma a não estar totalmente preparado para o novo posto. Passar por diferentes empresas ou funções e deixar um legado é algo muito importante. Eu trabalhei durante oito anos na IBM, onde consegui deixar uma marca e adquirir novas experiências em diferentes posições. Preparar alguém para poder dar um passo seguinte na empresa é mandatório. Ter equipe para crescer junto se mostrou muito importante para mim na Sun Microsystems, onde deixei um sucessor. Outro fator é se preocupar em se atualizar. É o profissional quem monta sua carreira e deve se preparar para alcançar desafios, não se pode deixar isso a cargo da empresa. Preparei a minha para galgar esses passos.

As primeiras semanas são decisivas para imprimir seu modelo de liderança na empresa?

A primeira impressão é a que fica. É a oportunidade de iniciar um novo ciclo, e o inicio é fundamental para criar a plataforma de sucesso para o futuro. Estou visitando as filiais da Bematech e conversando com as pessoas. Elas querem conhecer quem é o CEO. Além disso, é preciso indicar um novo ritmo, o que se espera de alguém que assume uma nova posição.

É seu terceiro posto como CEO. O que muda na liderança de uma empresa para outra?

A forma de gestão não muda muito, ela se adapta. O CEO precisa aprender e pôr em prática novas habilidades de acordo com os desafios que surgem. Aqui, na Bematech, há desafios que testam habilidades que até então eu não tinha praticado. O fato de ter uma unidade fabril, que compete com a China, exige que se consiga integrar o melhor das tecnologias para levar ao mercado. É um exemplo de habilidade que devo ter capacidade para adaptar.

Você teve uma experiência de dois anos nos Estados Unidos. Que importância ela teve?

Isso já estava previsto no meu plano de carreira. Sempre tive vontade de ter uma experiência internacional, e quando apareceu a oportunidade, eu estava preparado. Dentro de uma empresa multinacional, para galgar cargos, a experiência internacional é quase mandatória. É importante manter contatos com outras áreas e conhecer as operações locais. Pessoal e profissionalmente, é uma movimentação que sugiro ao líderes.

O mercado de trabalho em tecnologia está muito aquecido no País. Qual o caminho para começar bem a carreira?

Hoje, há uma demanda muito grande por engenheiros no mercado. Mas quando eu me formei, há 23 anos, para cada três engenheiros que se formavam, só dois encontravam emprego. Esses jovens têm muitas oportunidades hoje, pela fase muito boa pela qual o País passa. Há carência desses profissionais por parte das empresas de tecnologia. Em compensação, esses jovens estão chegando muito bem preparados, inclusive com estágio no exterior. Mas o mais importante é construir uma carreira sólida. Antes da ansiedade em galgar postos muito rápido, é preciso solidez. É importante ter história, um ciclo dentro da carreira e equilíbrio entre expectativa de crescer rápido e poder executar.

Você chegou ao topo?

Eu planejei minha mudança para a Bematech, que é uma empresa muito completa. Dentro desse modelo, trabalho para adquirir novas experiências. Não me preocupo em estar no topo, mas a ajudar a trazer retorno.

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