Feira que nunca fecha é chance para pequenos

Feira que nunca fecha é chance para pequenos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:40

SÃO PAULO - Uma feira de negócios com centenas de empresas que exibem seus produtos em um ambiente 24 horas por dia. Estamos falando das feiras virtuais, que acontecem na internet e começam a atrair organizadores de feiras, expositores e visitantes, além de entidades como o Sebrae (ver abaixo).

Daniel Teixeira/AE Diretor de marketing da Salvapé, Renato Autilio, aponta custos menores na participação de feiras online As feiras online simulam uma feira real - ou presencial - de negócios e representam uma nova oportunidade para pequenas empresas de apresentar seus produtos com tecnologia de ponta por um custo menor em comparação a uma feira física.

A Salvapé, distribuidora de produtos tecnológicos de saúde - como um termômetro para bebês usado na testa -, participa atualmente da feira online Expobaby. Seu diretor de marketing, Renato Autilio, afirma: "Para fechar um negócio, o gasto por vendedor físico, que se desloca até o cliente, é de R$ 150. Um vendedor de telemarketing custa R$ 70. Já o gasto por vendedor em uma feira virtual sai por R$ 35."

"A feira online pode servir tanto como extensão de uma feira real, ajudando a aumentar a audiência do evento, quanto pode funcionar como uma feira independente, que só funciona no mundo virtual", diz Aquiles Gonzalez, de 56 anos e diretor da Integra Global. A empresa desenvolve ferramentas de negócios online e investiu cerca de R$ 3,6 milhões em uma plataforma eletrônica que reúne feiras online (www.expobusiness.com.br).

Elas têm direito a pavilhão de exposições e sala de conferências. Os expositores contam com estandes personalizados nos quais as empresas apresentam seus produtos, catálogo de fotos e vídeos com palestras. Os participantes, ainda podem utilizar canais de comunicação como o chat para conversar online com visitantes.

Com seis feiras no ar atualmente - entre elas a Expobaby, dirigida a consumidores finais e empresas compradoras, e a Exposervice, que fornece serviços corporativos como secretárias, destinados apenas a um público especial -, o Expobusiness cobra em média de R$ 500 a R$ 2mil por mês do expositor.

"A participação em uma feira presencial pode sair por até R$ 50 mil", afirma Gonzalez.

Autilio, da Salvapé, empresa de médio porte, poderia estar pagando menos de R$ 2 mil por mês na feira, mas optou pela modalidade de estande mais cara, de R$ 5,4 mil mensais. "Nessa categoria podemos expor diversos vídeos e mudar os produtos das prateleiras todo dia. E isso com a vantagem de evitar o desgaste da participação em uma feira física, que envolve transporte de produtos, montagem da estande e deslocamento da equipe", diz o executivo. "Um estande de 100 m² custa cerca de R$ 100 mil para uma feira física de uma semana."

Clientes

O executivo vê mais um benefício na participação das feiras virtuais. "A fase mais importante para uma empresa é depois da feira, quando ela vai efetivar negócios que começaram no evento." Muitas vezes, porém, expositores não dão prosseguimento aos contatos realizados na feira. Já numa feira virtual, a cliente recebe a lista de visitantes com todas suas informações - e os interessados podem acessar o evento de qualquer parte do País. "Isso aumenta muito nossa audiência."

A Exposst, feira virtual de saúde e segurança do trabalho, entrará no ar em setembro e irá durar até dezembro, com 100 expositores, segundo a gerente de marketing Bianca Alves, de 31 anos. "Os produtos dos expositores online terão mais tempo de exposição em comparação com uma feira física e os gastos são menores", diz Bianca, organizadora do evento.

"Numa feira presencial de três dias, gasta-se cerca de R$ 10 mil por uma estande de 9 m². No caso da Exposst, o estande mais barato custa R$ 3 mil mensais, e a mais cara R$ 13 mil, dependendo dos recursos utilizados como chats, vídeos e fotos de produtos exibidos, por exemplo", acrescenta a gerente.

O grupo Feira & Cia, organizador da Exposystems, feira física especializada na indústria de feiras, decidiu criar uma versão online do evento. "Três meses antes do início da Exposystems, em setembro, colocamos a feira no ar como uma forma de atrair atenção, e deixamos mais três meses depois do final", diz o diretor Anselmo Carvalho.

"Excluímos na contagem de visitantes online os que também foram à feira física. A visitação virtual gerou um acréscimo de 30% de audiência, ou 1.000 visitantes."  

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