Hospitais terão 2.460 vagas até 2013

Hospitais terão 2.460 vagas até 2013

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:40

SÃO PAULO - No último dia 26, o Hospital Samaritano inaugurou um novo prédio em Higienópolis, na centro de São Paulo. Assim como a instituição, pelo menos outros quatro grandes hospitais da capital estão em processo de reforma ou ampliação e devem inaugurar novos centros de atendimento nos próximos dois anos.

Epitácio Pessoa/ AE Silvana foi promovida na nova unidade do Samaritano Levantamento feito pelo Estado aponta que, além de novos leitos, essas reformas e  ampliações vão gerar 2.460 vagas de emprego. E os processos seletivo para algumas delas já estão abertos. Juntamente com profissionais da área de saúde, esses hospitais também vão contratar recepcionistas, atendentes de call center, mensageiros, copeiros e até mesmo técnicos de manutenção.

Só para a nova unidade do Samaritano - um prédio de 19 andares com 10 salas para cirurgias de alta complexidade, um auditório com 200 lugares, um centro de medicina diagnóstica e 103 leitos para internação - serão feitas 400 contratações, o que representa um aumento de 24% no número de funcionários.

Em 2012, será iniciado um projeto de retrofit para aplicar o mesmo padrão do novo prédio aos já existentes e a ampliação de algumas áreas, como os prontos - socorros. "A gente imagina que essa demanda (por profissionais para trabalhar em hospitais) deve continuar crescente, já que os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)apontam que 60% da população da cidade de São Paulo está coberta por operadoras de saúde", diz Mozarde Leone, superintendente de RH da instituição.

A gerente de Recursos Humanos do Hospital do Coração (HCor), Silvana Castellani, concorda. "Trabalho há 20 anos na área de saúde e nesse período sempre vi os hospitais crescendo. Nós mesmos já temos propostas para futuras ampliações", afirma.

Qualificação

A maior demanda dos hospitais é por enfermeiros. Dentre as vagas disponíveis, pelo menos 50%são para profissionais dessa área. As instituições de saúde, no entanto, se queixam da falta de pessoas qualificadas. O problema estaria no despreparo e na baixa qualidade dos cursos técnicos e superiores disponíveis no País. "Há muitas escolas de pouca qualidade. O aluno muitas vezes estuda no período noturno,não tem tempo para fazer estágio e chega despreparado ao mercado", diz Silvana.

O resultado é que nos processos seletivos os candidatos não conseguem atingir a nota mínima exigida na prova de conhecimentos técnicos. "De cada 10 pessoas chamadas para o processo seletivo, cinco passam para o teste teórico e apenas duas ultrapassam essa fase", diz o superintendente de pessoas do Hospital Sírio Libanês, Fábio Patus. Leone, do Samaritano, diz que de cada 30 candidatos entrevistados, apenas um é selecionado.

Outro problema é a falta de profissionais de outras áreas qualificados para trabalhar em um hospital."Não encontramos gente com conhecimento para fazer manutenção em ambientes hospitalares", exemplifica Leone.

Por causa disso, os hospitais hoje investem em treinamentos que podem durar até 3 meses com os recém-contratados. A enfermeira Silvana Coelho, 50, funcionária do Samaritano há 10 meses, acaba de ser promovida para encarregada da unidade de internação do 12º andar.

Para isso, passou por uma seleção rígida, com provas técnicas, dinâmicas de grupo e avaliação comportamental. Agora ela participa de um treinamento antes de começar no novo cargo. Aos futuros candidatos, ela dá a dica. "Além de demonstrar conhecimento específico, é preciso comprovar que tem desenvoltura para lidar com situações adversas, e com pessoas. Ter algum curso de especialização também faz diferença."  

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