Almoço com Muricy: 'Barcelona é um dos três melhores times que já vi'

Almoço com Muricy: 'Barcelona é um dos três melhores times que já vi'

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:25

Muricy conversa com a reportagem durante almoço em Santos (Fotos: Adilson Barros/Globoesporte.com)   Tetracampeão brasileiro, atual campeão continental, um dos mais destacados técnicos do futebol nacional, Muricy Ramalho também é bom de garfo. Se o prato for feito à base de frutos do mar, melhor ainda. As equipes do Globo Esporte e do Globoesporte.com puderam conferir isso na última quarta-feira, em um almoço com o treinador num tradicional restaurante de Santos.

- Gosto muito daqui porque as pessoas da praia são mais calmas, tranquilas na maneira como tratam a gente. E tem o lado da gastronomia. Come-se muito bem em qualquer lugar por aqui. É o lugar ideal para quem gosta de comer e beber bem - elogia.

Entre garfadas em generosas porções de salmão ao molho tailandês, meca com farofa à base de banana (especialidade santista), lula grelhada e camarão ao catupiry, o comandante alvinegro falou muito sobre sua trajetória, os títulos, o momento do Peixe e fez uma revelação: o Barcelona de Lionel Messi, que o Santos poderá enfrentar na final do Mundial Interclubes, em dezembro, no Japão, é um dos maiores times que ele já viu jogar em mais de 40 anos de futebol.

- Dos três que já vi, um é atual: o Barcelona. É o melhor time do mundo. E esse é o meu problema (risos) - diz, lembrando a possibilidade de estar frente a frente com a equipe catalã em dezembro.

Muricy não se ilude. Diz que, para vencer o Barcelona, o Santos, além de passar pelas semifinais, terá de estar em um dia especial, extremamente concentrado.

- Eles têm um time bem superior tecnicamente. São muito difíceis de serem batidos. Terei de colocar na cabeça dos nossos jogadores que só com algo a mais poderemos vencê-los. Assisti a um documentário do SporTV, uma vez, em que uma pessoa dizia que, para ser campeão, o esportista precisa odiar a derrota. Acho que temos de ser assim. Mentalizar a vitória. Só assim vamos conseguir.

Os outros dois times citados pelo comandante santista são a Seleção Brasileira de 1970, que conquistou a Copa do México, e o São Paulo, campeão paulista de 1975. Ele explica:

- A Seleção de 70 porque era um timaço. Você pega a escalação e é difícil achar um cara mais ou menos ali. É só fera. E o São Paulo de 75 eu preciso citar porque é um time em que joguei, né? Não era uma equipe fantástica, mas éramos muito unidos, tínhamos os pés no chão e não aceitávamos perder nunca. Tanto que fomos campeões passando mais de 40 jogos invictos.

Lições do Internacional

Muricy Ramalho gosta de comer frutos do mar

(Foto: Adilson Barros/Globoesporte.com)

  Muricy avisa que se o Santos perder para o Barça no final do ano não será por falta de informação e planejamento. O treinador tem recebido farto material da equipe catalã, além de buscar dicas com quem já esteve disputando o Mundial. No fim de agosto, quando o Peixe foi a Porto Alegre para enfrentar o Internacional, pelo Brasileirão, o técnico jantou com Fernando Carvalho, ex-presidente e atual assessor do departamento de futebol da equipe gaúcha.

Carvalho viveu os dois lados. O Inter foi campeão mundial em 2006, batendo o Barça, e viveu a extrema decepção em 2010, quando caiu na semifinal, diante do até então desconhecido Mazembe, da República Democrática do Congo, e não chegou sequer à decisão, com o Inter de Milão.

- Pelo que senti da conversa com o Fernando, o Inter perdeu porque houve um pouco de relaxamento na parte emocional. Foi uma coisa muito festiva, torcida junto no voo, no hotel, clima de muita festa. Em 2006, não houve isso. Quando eles foram campeões, saíram daqui sem muita chance. Time brasileiro só vai bem no Mundial se viajar com clima de desconfiança. Respeitou muito o Barcelona e ganhou. Na segunda vez, foi um outro clima e aí complicou.

Para que o Santos tenha alguma chance em dezembro, o treinador explica que passa muitas informações a seus jogadores.

- Meus amigos me mandam muita coisa: livro sobre o Barcelona, a tática deles. Devo mandar também gente para ver jogos dos caras. Não só do Barcelona, mas do outro time que nós vamos enfrentar antes. Uma coisa vocês podem certeza: meus jogadores sempre vão a campo com o máximo de informações sobre o adversário. É o mínimo que posso fazer.        

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