América-MG bate o Flu por 3 a 0 em Sete Lagoas e respira no Brasileiro

América-MG bate o Flu por 3 a 0 em Sete Lagoas e respira no Brasileiro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:32

         Uma tarde em que tudo deu certo para o América-MG e nada funcionou para o Fluminense. Assim pode ser descrita a vitória do Coelho sobre o Tricolor, por 3 a 0, neste domingo, em Sete Lagoas, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os mineiros, que só haviam triunfado na estreia na competição, chegam aos 11 pontos e renovam suas esperanças, embora continuem na lanterna. Já os cariocas, que vinham de boas vitórias sobre Ceará e Internacional, deixaram claro por que a palavra irregularidade os acompanha no nacional. Estão na nona colocação, com 21 pontos. O jogo também foi marcada por uma reação inusitada de Marquinho, que atuou como capitão tricolor e rasgou a própria camisa após o terceiro gol.

Estreante da noite, o técnico Givanildo de Oliveira deixou a Arena do Jacaré ovacionado pela torcida, que curiosamente terminou a partida exaltando seus jogadores com o grito "Time de Guerreiros", criado pelos tricolores durante a arrancada que livrou o Fluminense do rebaixamento em 2009. O América-MG volta a campo no próximo sábado, para enfrentar o Botafogo, às 21h, no Engenhão. Já o Fluminense vai a Porto Alegre para encarar o Grêmio, no dia seguinte, às 18h30m, no Olímpico.

Domínio tricolor, golaço do América-MG

Diante de um estádio com poucos torcedores (2.782 pagantes e renda de R$ 23.984), América-MG e Fluminense começaram a partida se estudando. Sob o sol forte que fazia na Arena do Jacaré, o Tricolor dominava a posse de bola, mas foi o Coelho que surpreendeu logo no início. Após linda jogada só com toques de primeira, o lateral Marcos Rocha cruzou da direita, e Rodriguinho acertou o ângulo de Diego Cavalieri, que nada pôde fazer: 1 a 0.

Em desvantagem antes mesmo dos dez minutos do primeiro tempo, o Fluminense sentiu o gol. Continuava dominando as ações, mas tocava a bola sem objetividade. A primeira grande chance surgiu dos pés de Mariano. O lateral-direito foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para Rafael Moura. O atacante chutou cruzado e a bola passou raspando a trave do goleiro Neneca. Sem Carlinhos, suspenso, e Diguinho, machucado, o Tricolor tinha dificuldades na ligação entre o meio e o ataque.

O técnico Givanildo de Oliveira esbravejava à beira do campo pedindo mais movimentação a seus jogadores. Depois do gol, o time resolveu apostar nos contra-ataques, sem sucesso, e só chegou ao gol de Cavalieri em jogadas de bola parada. A atuação tricolor também não parecia convencer Abelão, que mandou o atacante Araújo para o aquecimento no meio do primeiro tempo. O Fluminense ainda quase chegou ao empate em duas oportunidades, com Marquinho e Rafael Moura, mas o primeiro chutou para fora e o segundo parou em Neneca.

Sem camisa, Marquinho joga com 'Ciro' às costas

O técnico Abel Braga desceu para o intervalo enfurecido, dando socos na porta do vestiário. A bronca e a entrada de Araújo no lugar de Rafael Sobis tinham como intenção acordar o Fluminense. Mas a estratégica não fez efeito, e o Tricolor voltou a sofrer um gol no início da etapa. Após erro de Edinho no meio-campo, Léo roubou a bola, avançou até a área e se jogou. O árbitro Sandro Meira Ricci marcou pênalti inexistente de Gum, que tocou apenas na bola. Alessandro cobrou bem e aumentou a vantagem mineira.

O segundo gol deixou o Fluminense ainda mais apático, e os jogadores do América-MG nem precisavam mais se esforçar para chegar perto do gol de Diego Cavalieri. O terceiro quase saiu dos pés de Marco Rocha, mas o goleiro tricolor fez grande defesa. Na arquibancada, os tricolores pediam raça, e os americanos festejavam o retorno do técnico Givanildo de Oliveira, que via seu time recuar para novamente explorar os contra-ataques.     Jogadores do América-MG comemoram gol na Arena do Jacaré (Foto: Ag. Estado)

Desesperado, Abel tirou o lateral Julio Cesar, deslocando Marquinho parra a esquerda, e colocou o atacante Matheus Carvalho em campo. As atuações apagadas de Souza e Fernando Bob, no entanto, atrapalhavam as tentativas de reação. O Fluminense até chegou a balançar a rede de Neneca com Araújo, mas a arbitragem marcou impedimento.

A essa altura, a partida já tinha virado ataque contra defesa. O Fluminense conseguia alternar bons ataques com jogadas bisonhas. E quem quase chegou novamente foi o América-MG, outra vez com Rodriguinho, em chute que passou raspando a trave direita. As coisas ficaram piores para o clube carioca quando Gum fez falta em Léo, aos 26, e recebeu o segundo amarelo e o vermelho. Foi o suficiente para o Coelho ampliar o placar, com Marcos Rocha.

Na noite em que nada deu certo para o Fluminense, até Marquinho virou Ciro após uma reação inusitada. Ao rasgar a própria camisa e sem uma reserva à mão, o apoiador precisou pegar a do atacante já no fim da partida para seguir jogando. Rafael Moura ainda teve tempo de desperdiçar um pênalti, bem defendido por Neneca. Melhor para o América-MG, que confia em Givanildo para evitar o rebaixamento para a Série B. De quebra, manteve a escrita de jamais ter perdido para o adversário na Série A: agora são três vitórias e quatro empates.            

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