Antes fã, Hatila Passos vira colega de seleção e 'irmão' de Nenê

Antes fã, Hatila Passos vira colega de seleção e 'irmão' de Nenê

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:19

A caminhada até a quadra é feita ao lado de Nenê. E de forma discreta, já que Hatila Passos ainda tenta se acostumar com a situação que até outro dia parecia distante: conviver e treinar com aquele que sempre foi uma referência para ele. Mais do que companheiro de Seleção, o pivô acabou virando "irmão" de Nenê. Parentesco de ocasião, atribuído por adolescentes que os veem andar pelo clube onde o grupo treina para o Mundial, ostentando a mesma cabeleira e tipo físico semelhante.

- O pessoal da equipe também vem brincando, falando que a gente tem alguma coisa parecida. E ele entrou na brincadeira também. Mas eu ainda não tenho aquele físico. Vou precisar trabalhar para ver se chego lá. Sempre fui fã do Nenê e ele tem me dado dicas aqui nesse início de preparação. É a primeira vez que treino com jogadores do nível dele, do Leandrinho, do Varejão e do pessoal que joga na Europa. E pensei que fossem se fechar, ficar ali entre eles. Mas não. Tenho procurado aprender com todos - disse.

Mas os olhos se voltam naturalmente para Nenê, que atua na mesma posição de Hatila e sempre foi seu ídolo.

- Fico observando como ele se movimenta em quadra, essas coisas. Eu já era um fã dele, porque acho que a trajetória que ele fez ajudou a mudar a mentalidade de muitos brasileiros. E porque ele vem de um caminho semelhante ao meu.

A história do menino de família humilde, que sonhava deixar o Brasil para jogar na NBA, serviu de espelho para o pivô de 25 anos e 2,07m. Hatila tem a mesma origem e também gostava mais do futebol do que do basquete. Nascido em Volta Redonda, filho de um mecânico e de uma dona de casa, viu na quadra a chance de dar um rumo melhor à vida e ajudar os pais e irmãos. Deixou o país, ganhou bolsa para estudar nos Estados Unidos e ainda se formou em Hotelaria pela New Mexico State University. Defendeu equipes da Suíça, Uruguai e Venezuela, e vestiu a camisa do Brasil pela primeira vez em 2008, no Sul-Americano do Chile.

- Agora estou na expectativa para ver se volto a jogar no Brasil ou se sigo para a Europa. Mas neste momento, quero aproveitar a oportunidade de estar treinando com esse grupo.

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