A diretoria do Fluminense vai convocar as torcidas organizadas para uma conversa. A atitude visa evitar que se repita o episódio ocorrido após a derrota por 2 a 0 para o Nacional-URU, na última quarta-feira, pela Libertadores.
Após a partida, um membro de uma organizada - o mesmo que agrediu Diguinho durante protesto nas Laranjeiras em 2009 - interrompeu a entrevista coletiva do técnico interino Enderson Moreira e questionou os motivos da má campanha tricolor na competição sul-americana, chegando a encostar nele. A atitude não repercutiu bem no clube e foi desaprovada por jogadores e dirigentes.
- Não concordamos com essa atitude. Por isso vamos convocar os torcedores para uma conversa. Temos de preservar os profissionais que trabalham em nosso futebol - resumiu o assessor da presidência tricolor no futebol, Mário Bittencourt.
Representante dos jogadores, o atacante Emerson fez coro às palavras do dirigente.
- Fiquei sabendo quando já estava dentro do ônibus. Não aprovo um torcedor interromper uma coletiva para fazer cobranças, pois acho uma falta de respeito com o Enderson e com a instituição. Lamentável. Estamos trabalhando e sabemos que, na hora certa, a torcida vai nos apoiar independentemente do que possa ocorrer - disse.
Segundo Mário, a relação da atual diretoria com as organizadas é amistosa, e o fato isolado aconteceu em um momento de exaltação do torcedor após uma derrota que complicou a situação do Fluminense na Libertadores. Devido ao fraco policiamento no Estádio Centenário, alguns tricolores conseguiram ter acesso ao hall próximo dos vestiários, onde foi realizada a entrevista.
Sobre a distribuição de ingressos para as organizadas, a diretoria não quis entrar em detalhes. Mas explicou que está construindo uma nova relação com os torcedores e implementando algumas mudanças na questão. Bittencourt tratou ainda de minimizar os problemas internos entre o clube e o patrocinador. Alguns jogadores, inclusive, já chegaram a consultar o presidente da Unimed, Celso Barros, sobre um possível término da parceria no fim do ano.
- Não existe esse ambiente ruim hoje no futebol. Internamente ele é ótimo. Os jogadores estão comprometidos e focados, não só na Libertadores como no Carioca. É claro que a derrota no Uruguai foi um resultado ruim e que não esperávamos. Mas temos de trabalhar sempre visando o próximo jogo e as duas classificações - explicou.
Em entrevista à Rádio Brasil, Bittencourt negou que Celso Barros tenha ficado distante do elenco em Montevidéu:
- Não falo sobre especulação, falo sobre fatos. O doutor Celso (Barros) se hospedou no mesmo hotel do Fluminense e esteve, sim, com os jogadores e com o presidente (Peter Siemsen). Não houve nada de anormal. Talvez não o tenham visto passeando na porta do hotel, mas ele esteve conversando com as pessoas, uma relação completamente normal.
O Fluminense volta a campo no próximo domingo, às 16h, diante do Americano, em Macaé. Com 11 pontos em seis jogos, o Tricolor ocupa a terceira posição do Grupo B da Taça Rio, atrás de Olaria e Botafogo.
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