Assunção e Luan brilham, e Verdão bate Atlético-MG no sufoco

Assunção e Luan brilham, e Verdão bate Atlético-MG no sufoco

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:32

E a ironia deu as caras no Canindé. Criticados há uma semana pela maior torcida organizada do Palmeiras, Marcos Assunção e Luan foram protagonistas da emocionante vitória por 3 a 2 sobre o Atlético-MG, na noite deste sábado, no Canindé. Com um gol de cada, e participação de ambos no terceiro, o Verdão sofreu, mas conseguiu superar a forte marcação atleticana e as bobeiras da defesa nos dois gols do rival. Com boas atuações, o Assunção e Luan deram bons argumentos para rebater as críticas e xingamentos.

A vitória leva o Palmeiras aos 25 pontos, ainda na quarta posição, já que o Flamengo venceu o Grêmio e o São Paulo, também com 25, leva vantagem nos critérios de desempate. Mas deu para se aproximar do líder Corinthians e manter os 100% de aproveitamento no Canindé – em 2011 foram oito jogos, com oito vitórias, 20 gols marcados e só dois sofridos, justamente os deste sábado.

Já o Atlético-MG não conseguiu embalar depois da boa vitória sobre o Fluminense, na quarta-feira. O time de Dorival Júnior segue com 14 pontos, com o perigo do rebaixamento rondando. Desta vez, nem o centroavante André conseguiu ajudar, empolgado depois da estreia com gol no meio da semana. É a sétima derrota dos mineiros em 13 partidas.

Reação relâmpago

A noite gelada em São Paulo fez os dois times correrem para espantar o frio, e tamanha disposição proporcionou um bom primeiro tempo. Nas arquibancadas, os empolgados palmeirenses entraram no clima e não pararam de cantar um minuto sequer. Em campo, o Galo entrou com três zagueiros e fez marcação especial em cima dos atacantes rivais – Leonardo Silva colou em Dinei, e Werley vigiou Maikon Leite de perto, com Lima na sobra. No início, o Verdão teve dificuldades para desatar o nó do setor ofensivo.

O campo molhado também prejudicou as ações, e poucos jogadores conseguiram se segurar de pé no gramado. O Verdão se adaptou mais rapidamente e criou as primeiras chances, dando trabalho ao goleiro Giovanni, claramente inseguro. E foi essa insegurança que facilitou a vida do Palmeiras, que abriu o placar aos 14 minutos de uma maneira “pouco” conhecida do torcedor: com Marcos Assunção, de falta. No intervalo, ele admitiu que tentou cruzar, mas a bola fez uma curva espetacular e morreu no ângulo direito de Giovanni, que estava adiantado.

O Atlético deu a saída de bola e foi para o ataque. Poucos segundos depois do gol de Assunção, Magno Alves estava na entrada da área e chutou de pé esquerdo, sem muita força. Mas a bola desviou na zaga e tirou qualquer chance de defesa para Deola: 1 a 1 relâmpago, reação imediata do time visitante. Foi o primeiro gol sofrido pelo Verdão no Canindé em 2011, depois de 645 minutos (sete jogos inteiros e mais 15 minutos deste sábado).

O jogo ficou quente, brigado, com chances para os dois lados. O Galo teve dez minutos de domínio após o gol de empate, segurando o Palmeiras no seu campo de defesa. Aos poucos, porém, Valdivia apareceu para desafogar o meio alviverde. Ainda ganhando ritmo depois de se recuperar de lesão, o Mago deixou os companheiros na cara do gol por duas vezes. Mais seguro, Giovanni conseguiu segurar a pressão pelo lado do Atlético.

Fica, Luan!

Antes do jogo, Felipão disse que a permanência de Luan estava “70% acertada”, a um dia do vencimento de seu contrato de empréstimo. O clube ainda discute os últimos detalhes com o Toulouse-FRA para adquirir o atacante definitivamente. Em campo, Luan tentava provar que tinha condições de ficar – com todo o respaldo do comandante. No entanto, a pontaria não ajudava: em uma jogada pelo lado direito, ele conseguiu errar um chute de tal forma que a bola sequer saiu pela linha de fundo, indo direto para a linha lateral.

Só que o esforço de Luan merecia um prêmio, que veio aos 16 minutos. Após mais uma boa jogada de Marcos Assunção (sempre ele), o atacante pegou a sobra da zaga e soltou a bomba, com raiva, com gosto de redenção. A comemoração foi só com os companheiros e ele sequer direcionou seu olhar para a organizada que tanto o critica. Com cinco gols, ele é o artilheiro do Palmeiras no Brasileirão

Timidamente, pequenos grupos de torcedores soltaram um grito de “Fica, Luan”. Enquanto isso, Dorival Júnior tentava mudar o panorama e colocar o Galo no ataque: de uma vez só, o meia Wesley e os atacantes André e Neto Berola entraram em campo. A partir daí, tome sufoco. Em jogadas aéreas, o Atlético chegou muito próximo do empate, contando até com falhas da zaga e do goleiro Deola.

Mas Luan apareceu de novo. Em jogada que começou com ele, Patrik fez o 3 a 1 que daria tranquilidade, a dez minutos do fim do jogo. Parecia que o jogo estava definido. Mas ainda tinha muita coisa para rolar.

Em outra pane da defesa, o Verdão cedeu o segundo gol menos de um minuto depois. Sozinho na pequena área, Wesley diminuiu para o Galo. A emoção voltou, o sufoco foi dos grandes, mas o time mineiro não conseguiu empatar. Só deu tempo para Felipão ser expulso, após inúmeras discussões com o árbitro Sandro Meira Ricci. A torcida nem ligou muito para isso. O que valeu foi a vitória, a manutenção dos 100% no Canindé e os pontos a mais na tabela.

fonte: Globo Esporte

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