Mais do que por belos gols e jogadas espetaculares, o italiano Roberto Baggio é lembrado por um erro que marcou sua carreira. O atacante perdeu o pênalti decisivo da Copa do Mundo de 1994, dando ao Brasil o tetracampeonato. 16 anos depois, ele ainda lamenta a bola mandada para fora, por cima do gol de Taffarel. Mas culpa um brasileiro que não estava em campo por isso.
R. Baggio ainda lamenta o vice
"Acho que foi Senna quem me fez perder o pênalti. Foi ele quem pegou a bola e puxou para cima", brinca Baggio sobre o ex-piloto de Fórmula 1, em entrevista à Globo . Ayrton Senna morreu em um acidente pouco antes da Copa dos Estados Unidos e foi homenageado pelos jogadores da seleção na comemoração do título.
"É difícil explicar. Errar um pênalti é normal, mas daquele jeito...", completa o jogador. "Eu nunca vou esquecer na minha vida. Sempre digo uma coisa, o Brasil ganhou a Copa e acabou. Mas é ruim para o futebol. Você trabalha duro por quatro anos e tudo se reduz a dez pênaltis, é um absurdo. Seria melhor perder nos 90 minutos que nos pênaltis."
O italiano lembra que a pressão era grande. Ele havia sido eleito o melhor jogador do mundo em 1993 e, com tamanha expectativa, "é difícil jogar com tranquilidade".
Sobre o lance em si, Baggio deu a dimensão de sua sensação no momento: "Queria fazer um buraco para enfiar minha cabeça", explicou. "Foi duríssimo, indescritível, e abriu uma ferida inacreditável que nunca vai fechar."
Apesar disso, o italiano fala com bom humor do caso, dizendo inclusive que uma das coisas que o consolou é ter feito tantas pessoas felizes. Segundo ele, como o Brasil é mais populoso, ele fez a alegria de mais torcedores do que poderia fazer na Itália.
Admirador do Brasil "O rival dos meus sonhos sempre foi o Brasil. Parece inacreditável, mas é verdade", diz Baggio. O atacante se espelhou em jogadores brasileiros em seu desenvolvimento no futebol, principalmente Zico.
"Meu ídolo desde pequeno foi o Zico. Quando era menino, via muitos jogos do Flamengo na televisão, com ele e Júnior. Sempre fui apaixonado por aquilo", comenta ele, um seguidor do budismo.
Outro que ganhou elogios e a definição de "terror dos adversários" foi seu rival na decisão de 1994, Romário. Os atacantes trocaram as camisetas na ocasião e Baggio até hoje tem em sua casa a recordação do vice-campeonato e do pênalti jogado por sobre o travessão.
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