Banzai! Japão vence Dinamarca por 3 a 1

Banzai! Japão vence Dinamarca por 3 a 1

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:23

Com um futebol disciplinado, uma atuação de gala de Honda e um péssimo dia do goleiro Sorensen, o Japão venceu a Dinamarca por 3 a 1, nesta quinta-feira, em Rustemburgo, e avançou para as oitavas de final da Copa do Mundo. Com o segundo lugar no grupo E, com seis pontos, os Samurais Azuis vão enfrentar o Paraguai, na próxima terça-feira, às 11h (de Brasília), em Pretória. Os dinamarqueses se despedem da África do Sul com três pontos.

A classificação japonesa para as oitavas, a segunda da equipe na história das Copas, também garantiu mais um brasileiro naturalizado na próxima fase do Mundial. Túlio Tanaka se destacou na zaga e anulou facilmente os atacantes europeus.

Os asiáticos precisavam apenas do empate para avançar no estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo. Por isso a Dinamarca partiu para cima nos primeiros minutos. Mas perigo que é bom, só em um arremate de primeira de Krouldrup, para fora, após cobrança de escanteio. Os japoneses buscavam os contra-ataques sempre preocupados com a defesa. Tanto que chegavam a ter até três jogadores marcando um adversário.

Outra tática nipônica era ganhar tempo. Mas esta foi tão descarada que Endo e Nagamoto levaram cartões amarelos por cera, em cobraças de lateral e falta, respectivamente. Isso tudo com menos da metade da primeira etapa. 

Louro e luvinhas azuis, no melhor estilo pop japonês, Honda comemora gol na Dinamarca (Foto: Reuters)   Mas os japoneses perceberam que não precisavam ficar atrás. Na velha tática de guerra que diz que a defesa é o melhor ataque, Okubo cruzou aos 12 minutos, Hasebe tocou com a ponta do pé, e Sorensen salvou com o joelho. Logo depois, Hasebe apareceu pela direita como um raio e soltou um foguete para fora, com muito perigo. A Dinamarca respondeu com um chute cruzado de Tomasson, que raspou a trave esquerda de Kawashima.

Bolas paradas decisivas

Mas aos 17, o Japão descobriu a bola parada. Falta de longe, pela meia direita. O lourinho Honda bateu de canhota, Sorensen pulou atrasado, e a bola morreu no canto esquerdo. Não teve nem como culpar a Jabulani.

Endo comemora mais um gol de falta do Japão

sobre a Dinamarca (Foto: Reuters)   Se o empate já estava bom para os orientais, vencer então era melhor ainda. Os vikings tentaram reagir, mas seu incipiente ataque esbarrava na bem postada defesa nipônica. Quando a zaga não comparecia, Kawashima resolveu, como no lance em que saiu do gol para espalmar um toque de Tomasson.

O Japão abdicou do ataque e se segurou na defesa sem problemas. O time de Takeshi Okada mostrava disciplina tática invejável. Mas é claro que isso só não basta, senão era só mandar para as Copas do Mundo times formados no exército. Como a outrora Dinamáquina não ameaçava, por que não atacar? Aos 29 minutos, falta frontal. O goleiro Sorensen esperava pela batida de Honda, mas quem acertou um belo chute no canto esquerdo foi Endo. Japão 2 x 0.

Os japoneses perceberam que a Dinamarca não era lá essas coisas e passaram a atacar mais, principalmente pela direita, ponto fraco da defesa nórdica. A situação estava tão feia que o técnico Morten Olsen nem esperou o intevalo para tirar o camisa 10 Jorgensen e colocar em jogo Jakob Poulsen. O Japão seguia numa boa, e Honda quase acertou um voleio. Em seguida, Komano avançou pela direita, com velocidade, e bateu forte para Sorensen tocar para escanteio. 

Vikings ao ataque, Honda tira onda!

Rommedahl pouco fez e a Dinamarca está fora da

Copa após duas derrotas  (Foto: Reuters)   A Dinamarca tentou se lançar para o ataque na etapa final. Mas Sorensen mostrou que deve ter algum trauma com faltas. Em cobrança de Endo, o goleirão quase foi encoberto. A bola ainda tocou na trave e sobrou para Honda isolar.

Aos trancos e barrancos os europeus tentavam achar um gol. Kahlenberg, sem jeito, bateu para fora da pequena área. Logo depois, Tomasson dividiu com o goleiro, e Hasebe botou para escanteio. Em outra oportunidade, Jakob Pouslen bateu de longe e Kawashima espalmou. Mas o lance que simboliza bem a participação da Dinamarca na Copa do Mundo foi a furada de Tomasson, aos 24 minutos.

Mesmo perdendo, os dinamarqueses não se entregavam. Larsen acertou o travessão ao bater de virada, de fora da área. O esforço foi recompensado quando Hasebe derrubou Agger na área. Pênalti que Tomasson bateu. Kawashima espalmou para frente, e o camisa nove empurrou para as redes, aos 35 minutos. Foi o 52º gol do atacante pela equipe, se tornando o maior artilheiro da história da seleção de seu país.

Aos 42, com a defesa dinamarquesa escancarada, Honda deu um drible desconcertante em Simon Poulsen, se livrou de Sorensen e rolou de lado para Okazaki apenas empurrar para as redes. Japão 3 x 1. No final, o meia do CSKA Moscou quase marcou outro gol, ao chutar para fora. Seria o coroamento de uma grande atuação. Mas nem precisava. Honda já tinha tirado onda.

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