A seleção brasileira masculina de basquete entra no ginásio Islas Malvinas, neste sábado, às 19h, carregando nas costas o peso de 16 anos sem participar de uma Olimpíada.
Uma vitória sobre a República Dominicana reconduzirá, finalmente, o país ao evento, em 2012, em Londres.
E completará uma sucessão de feitos históricos alcançados pela equipe desde que se iniciou o Pré-Olímpico na Argentina, em 30 de agosto.
Martin Mejia - 05.set.11/Associated Press Marcelo Machado em jogo contra o Uruguai pelo Pré-Olímpico O time dirigido por Rubén Magnano, campeão olímpico com a Argentina em Atenas-2004, deixou para trás marcas incômodas e históricas. Pontos nos quais o Brasil tropeçava sistematicamente desde a última participação em Olimpíada, em Atlanta-1996, ainda com o cestinha Oscar como maior destaque.
Foi agora, em Mar del Plata, que o Brasil derrotou a Argentina em um classificatório olímpico pela primeira vez desde 1995. Os maiores rivais da seleção foram os responsáveis diretos pela ausência em Pequim-2008, após triunfo em torneio em Las Vegas.
O Brasil estava a uma vitória dos Jogos, assim como hoje. Mas o rival era a Argentina, então campeã olímpica.
"A situação era idêntica à de agora, independentemente da qualidade do rival. Mas aquela experiência nos serve para manter os pés no chão", disse o ala Marcelinho Machado, 36, que, pelo quarto ciclo olímpico, tenta a vaga.
Na edição atual, os argentinos, assumidamente favoritos a uma das vagas para Londres-12, e com seis vitórias no torneio, caíram ante os brasileiros por 73 a 71, diante de 7.500 torcedores.
Outro escrita derrubada em Mar del Plata foi o triunfo sobre Porto Rico. Desde 1995, houve cinco duelos importantes, com cinco derrotas brasileiras. Todas elas influenciaram para que os brasileiros não se classificassem.
Leo La Valle - 06.09.11/Efe Marcelinho Huertas em lance contra o Panamá no Pré-Olímpico No torneio argentino, porém, os comandados de Magnano venceram por 94 a 72.
"Temos que ganhar dos dominicanos. Aí podem associar o feito a qualquer coisa", disse o pivô Tiago Splitter.
Todos os tabus foram superados sem contar com três importantes jogadores: o ala-armador Leandrinho e os pivôs Nenê e Anderson Varejão, que não participam por motivos pessoais ou físicos.
Isso forçou a convocação de novatos como Rafael Luz, 19, Augusto Lima, 19, e Rafael Hettsheimeir, 25. "Mostramos aqui que o Brasil não depende de só um jogador, mas de todos", disse Magnano.
Se falhar hoje, o Brasil ainda terá uma chance de estar em Londres, mas terá de lutar pela vaga em um dificílimo Pré-Olímpico mundial.
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